Por Pe. Evaldo César de Souza, C.Ss.R. - Jornal Santuário Em Artigos

A confissão comunitária vale como a individual?

Olá Eulália Batista Marques (Queimados – RJ), tudo bem? Vejo que essa pergunta é muito pertinente, e sempre aparece nas dúvidas que temos sobre nossa religião. Já tratei do assunto no livro Porque Sim Não é Resposta, publicado pela Editora Santuário e que deu origem a esta coluna. Retomo o que disse por lá, completando um pouco as informações.

A confissão é o nome popular do sacramento da Penitência e Reconciliação. O nome confissão entrou no nosso dia a dia porque durante muito tempo as pessoas foram orientadas a chegar diante do padre e acusar seus erros e pecados. Confessionário era quase um tribunal de culpas e, talvez por isso, muitas pessoas ainda hoje têm medo de participar deste sacramento. Mas é bom saber que a reconciliação é um momento de profunda graça de Deus.

No confessionário o padre é muito mais um médico de almas do que um juiz acusador de pecados. Infelizmente, na maioria das vezes, os grandes vilões do sacramento da reconciliação são os próprios padres, que não têm tempo ou paciência para atender seus fiéis ou muitas vezes são até rudes! Infelicidades a parte, a Igreja hoje ensina que existem dois modos de confissão: aquela feita em particular, chamada auricular, porque é feita ao pé do ouvido e a confissão comunitária, feita sempre num rito próprio, sempre em comunidade. Ambas têm validade e são corretas. O que não podemos é, por medo e vergonha de aproximar do padre, fazer somente confissões comunitárias.

A confissão comunitária precisa ser feita diante de algumas regras e sempre com a autorização do bispo local. Geralmente, a razão para as confissões comunitárias é a dificuldade do padre em atender todos os paroquianos. A Igreja também pede que ao menos uma vez ao ano façamos uma confissão particular com o padre. É dever cristão que colabora com nosso crescimento espiritual e comunitário.

Outra coisa: sempre que fazemos algo errado, fazemos algo que prejudica alguém. Por isso a Igreja pede a confissão para com o líder da comunidade. Não adianta dizer: “eu me confesso diretamente com Deus”. O valor do sacramento é restaurar os laços humanos da comunidade. Por isso, é para alguém da comunidade que a gente recorre. Deus perdoa, mas quer que sejamos honestos com as pessoas que estão ao nosso lado. Um abraço e fique com Deus.

Padre Evaldo César de Souza é diretor de produção/operação da TV Aparecida

Escrito por:
Padre Evaldo César Souza, C.Ss.R, diretoria da Fundação Nossa Senhora Aparecida (FNSA) (TV Aparecida)
Pe. Evaldo César de Souza, C.Ss.R. - Jornal Santuário

Jornalista e missionário redentorista

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