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Jesus por nós nasceu: vinde adoremos!

Pe. Clayton - Arquivo Pessoal

Escrito por Pe. Clayton Sant'Anna, C.Ss.R.

10 DEZ 2020 - 09H58 (Atualizada em 14 DEZ 2020 - 11H28)

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Quando relembramos aquela narração do Evangelho sobre a visita dos chamados reis magos a Jesus, vimos que foram adorá-lo e lhe oferecer presentes. A palavra 'adorar' é a que traduz o modo cristão de viver o mistério da encarnação; adorar o Menino, concebido de modo misterioso no seio de Maria e nascido na simplicidade de uma gruta em Belém. Adoramos não a imagem dele, colocada no presépio, e sim a natureza divina presente na pessoa humana do Verbo. O Verbo é o próprio Deus, que existe desde sempre no mistério inexplicável de sua divindade. No princípio era o Verbo; assim começa o evangelho de São João. Ele então se deu a conhecer. Fez-se Palavra. Comunicou-se em Jesus. Mas Jesus, o Verbo-carne, já estava naquilo que Deus é desde sempre.

Leia MaisO Menino Jesus e o Papai NoelO tempo passa, a vida passa e uma pergunta deveria nos inquietar: o que é tudo isso para nós? A Anunciação do anjo a Maria, a concepção virginal de Jesus em seu seio, o nascimento dele? Como vivemos o Natal? Que relacionamento temos com Deus? Qual é o espaço dele em nossos objetivos e no dia a dia? Estamos realmente a sua procura na fé e no amor?

Estamos e estaremos no meio de um mundo sem Deus, em uma sociedade rodeada pela descrença. Mundo e sociedade estão cada vez mais injustos, violentos, sufocados na ambição do ter, do poder, do gozar. Os ídolos, os deuses falsos, de fato, reinam e impõem o esquema de convivência social.

Ora, celebrar verdadeiramente o Natal, viver a fé em Cristo, seguir sua doutrina é adorar o mistério de Deus e viver em comunhão com Ele. É, portanto, colocar-se fora desse esquema dominante no mundo: materialista, descrente, que rejeita sistematicamente a fé, a religião, a Igreja, as coisas de Deus. O desafio é enorme e é posto todos os dias e, praticamente, em todas as situações da convivência. Sentimo-nos como crianças indefesas, que precisam da presença amorosa da mãe.

Também no seguimento de Jesus, precisamos e precisaremos sempre de Maria, a mãe espiritual que Ele nos deu. Se Ele nos deu sua Mãe, foi porque quis que ela fosse importante para nós, como referência na fé. Quando Maria vivenciou a gravidez, o nascimento em Belém, a visita dos pastores ao Menino, a adoração dos magos e tudo o mais, ela não se sentiu endeusada, glorificada aos olhos dos homens.

No contexto social, ela continuou sendo a jovem casada com José e praticamente ignorada. Por isso, após a ressurreição, quando os apóstolos e discípulos compreenderam o mistério de Jesus, o Verbo de Deus, Maria foi venerada por sua fé, sua entrega ao querer de Deus, sua confiança e sua humildade.


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Pe. Clayton - Arquivo Pessoal
Pe. Clayton Sant'Anna, C.Ss.R.

Missionário Redentorista, Padre Antonio Clayton Santana foi diretor da Academia Marial de Aparecida entre 2010 e 2014.

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