Em julho, os Missionários Redentoristas, celebram a festa do Santíssimo Redentor. É verdade que todo domingo é Dia do Senhor, mas Jesus, como Santíssimo Redentor, é o titular de nossa Congregação missionária. O título de Redentor decorre da celebração da Páscoa, quando o Pai confirma toda a obra missionária de seu Filho único, ressuscitando-o dos mortos, como vencedor da maldade humana e da própria morte. “Onde abundou o pecado, superabundou a graça”, afirma São Paulo na carta aos Romanos 5,20.
Por isso, a Congregação Redentorista tem como lema de vida missionária o Salmo 130, 7: “Nele, a Redenção é abundante!” Esse Salmo começa com um grito do ser humano, que toma consciência de estar dentro de um abismo profundo, em latim “de profundis”.
É uma situação da qual não se pode escapar pelas próprias forças. Tem necessidade de um Redentor, de alguém que o resgate desse sofrimento, causado pelos próprios pecados ou imposto pelos pecados alheios. Assim, desse “de profundis”, de seu próprio ser e das situações negativas que o condicionam, o ser humano ergue seu clamor a Deus, pedindo libertação, pois somente Ele pode ser sua esperança. E a resposta divina não se limita a um gesto externo de poder.
Leia MaisBispos redentoristas falam sobre vocação e missãoAprovada nova configuração da Conferência dos Redentoristas da América Latina e CaribeAssista o Musical 'Fortes na Fé' com os missionários redentoristas Redentoristas de São Paulo preparam jubileus para outubroEm sua infinita compaixão, Deus nos envia seu Filho único, que se humilha a ponto de descer até o fundo desse abismo, assumindo toda a fragilidade de nossa natureza humana. Sua Encarnação o faz igual a nós em tudo, menos no pecado. Ele se faz “Deus conosco”, solidário com nossa situação, a ponto de assumir a morte na cruz para nos dar o perdão e a libertação desse “de profundis”.
Sua cruz torna-se a escada que nos possibilita subir para fora, encontrar a luz e conquistar a liberdade. Muitos já foram libertados e já se tornaram santos. Mas o abismo continua existindo e atraindo para dentro de si novas gerações humanas.
O “de profundis” de um ser humano que ainda está condicionado aos valores negativos, às ideologias excludentes e até violentas, aos meios de comunicação e à sede insaciável de poder, de riqueza e de prazer. É o “de profundis” de uma sociedade que promove uma competição desumana, cujas estruturas políticas e econômicas exploram, inescrupulosamente, povos inteiros e as energias do planeta. É o “de profundis” que fragmenta famílias, que estão desesperançadas e empobrecidas. Todos temos consciência desse abismo em que se encontra a humanidade e sentimos medo, porque ninguém consegue nos devolver confiança.
Miramos o horizonte de nossa história e, apesar de todo o progresso da ciência e da tecnologia, continuamos a nos desumanizar, aumentando sempre mais as desigualdades, as injustiças e as violências. A ganância é inescrupulosa na exploração do meio ambiente; as ameaças nucleares podem voltar a qualquer momento, com o surto de nacionalismos fanáticos; o direito do lucro de poucos segue prevalecendo sobre o direito de sobrevivência da maioria.
Mais do que nunca, temos necessidade de um Redentor, que nos arranque desse “de profundis”. A abundante Redenção do Senhor Ressuscitado precisa ser levada a milhões de seres humanos, para resgatá-los como filhos de Deus e como cidadãos dentro da sociedade. Por isso, nós, Missionários Redentoristas, continuamos nossa missão de proclamadores dessa abundante Redenção, levando esperança, pelo mundo afora, principalmente aos pobres e abandonados. Não existe outro nome pelo qual a humanidade possa ser salva, senão o nome de Jesus Redentor.
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