Cinco exemplos de jovens que tiveram uma vida santa

Jovens que nasceram em épocas diferentes, países distintos, viveram experiências totalmente opostas, mas com algo em comum: a vitalidade, o amor a Deus e ao próximo. Jovens santos, uns contemporâneos, outros de épocas mais distantes. Uns já foram canonizados, outros sequer foram beatificados. Mas, de fato, a história de vida deles é um verdadeiro exemplo.

Conheça um pouco da história de cinco jovens que não vieram à toa para a vida, pois têm histórias marcantes. Inspire-se!

São Geraldo Majela

Elisângela Cavalheiro

Geraldo nasceu no dia 6 de abril de 1725, numa pequena cidade chamada Muro Lucano, no sul da Itália. Com um físico muito frágil, cresceu sempre adoentado. Na adolescência, quis tornar-se um frade capuchinho, mas foi recusado por ter pouca resistência física. Em 1745, com 19 anos, montou sua própria alfaiataria. Seu negócio prosperou, mas ele doava quase tudo para os pobres. Em 1749, após grande insistência, seguiu com os missionários redentoristas. Professou os primeiros votos em 16 de julho de 1752. Geraldo era um excelente trabalhador, jardineiro, sacristão, alfaiate, porteiro, cozinheiro, carpinteiro e encarregado de obras. Aprendia rápido e logo começou também a fazer crucifixos. Em 1754, uma de suas obras de apostolado era encorajar moças que queriam entrar para o convento. Muitas vezes ele até garantiu o necessário dote para moças pobres.

Néria Caggiano era uma das moças assistidas por Geraldo. Porém, ela achou desagradável a vida do convento e dentro de três semanas voltou para casa. Néria começou a espalhar mentiras sobre a vida das freiras, e para salvar sua reputação, dirigiu uma carta a Santo Afonso, o superior de Geraldo, e o acusou de pecados de impureza. Geraldo, em vez de se defender, permaneceu em silêncio e Santo Afonso nada pôde fazer senão impor ao jovem religioso uma severa penitência: foi negado a Geraldo o privilégio de receber a comunhão e foi-lhe proibido todo contato com os de fora. Algum tempo depois, Néria ficou gravemente doente e escreveu uma carta a Santo Afonso confessando que as acusações não passavam de calúnia. De saúde sempre frágil, em 1755, Geraldo sofreu violentas hemorragias e disenterias. Faleceu em 15 de outubro de 1755. Em 1893, o Papa Leão XIII o beatificou e, no dia 11 de dezembro de 1904, o Papa Pio X o canonizou como santo.

Guido Schäffer

[Leia Mais title="Leia Mais" links="100177"]Guido Vidal França Schäffer, levava uma vida normal. Namorou, viajou, formou-se em medicina e quase casou-se, quando sentiu que sua vocação era mais do que ser médico e uma pessoa dedicada aos irmãos. Quando morreu, em maio de 2009, com 34 anos, estava no último ano do seminário. Guido foi vítima de uma contusão na nuca que gerou desmaio e afogamento enquanto surfava, na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). Pessoas próximas testemunham que ele aproveitava as oportunidades para evangelizar, tanto no meio dos jovens como exercendo a medicina. Como médico atuou em obras de caridade. 

A Igreja Católica pode ganhar um santo surfista, pois um processo de beatificação do seminarista Guido Schäffer tramita no Vaticano. A arquidiocese do Rio de Janeiro abriu o processo de beatificação em 17 de janeiro de 2015 e terminou no dia 8 de outubro de 2017. 

Chiara Luce

Chiara Badano Luce, foi uma jovem, italiana, atenta aos mais necessitados. Aos 17 anos, durante uma partida de tênis, uma dor aguda no ombro leva à trágica descoberta: um tumor dos mais graves, um osteossarcoma. “Por ti, Jesus. Se tu queres eu também quero”, falou após 25 minutos de luta interior. As terapias foram dolorosas, mas quanto mais a doença progredia mais a experiência de Chiara com Deus tornava-se intensa. Chegou a rejeitar a morfina porque tiraria a lucidez, e a dor seria a única coisa que tinha a oferecer a Jesus. Faleceu no dia 7 de outubro de 1990 e foi beatificada em 25 de setembro de 2010.

 São Domingos Sávio

Nascido em Turim, na Itália, no ano de 1842, Domingos conheceu muito cedo Dom Bosco e participou do Oratório – lugar de formação integral – onde seu coração se apaixonou por Jesus e Nossa Senhora Auxiliadora. Pequeno na estatura, mas gigante na busca de corresponder ao chamado à santidade, foi um ícone da alegria de ser santo. Um jovem comum, que buscava cumprir os seus deveres e amava a vida de oração. Domingos era uma criança especial e sempre surpreendia seus pais com gestos de afeto, palavras de encorajamento e edificação. Com a saúde fragilizada e acometido por uma gravíssima tosse, faleceu com apenas 15 anos. Foi beatificado em 5 de Março de 1950 e canonizado em 12 de junho de 1954.

Teresa de Lisieux ou Santa Teresinha

Santa Teresinha do Menino Jesus da Santa Face, foi uma freira carmelita descalça francesa conhecida como um dos mais influentes modelos de santidade por seu jeito prático e simples de abordar a vida espiritual. Juntamente com São Francisco de Assis, é uma das santas mais populares da história da Igreja. O Papa Pio X chamou-a de "a maior entre os santos modernos".

Após superar inúmeros obstáculos, conseguiu, em 1888, com apenas 15 anos, tornar-se freira para juntar-se às suas duas irmãs mais velhas na comunidade carmelita enclausurada em Lisieux, na Normandia. Depois de nove anos, tendo ocupado funções como sacristã e assistente da mestra das noviças, Teresa morreu de tuberculose com apenas 24 anos de idade. O impacto de sua obra A História de uma Alma, uma coleção de seus manuscritos autobiográficos publicados e distribuídos um ano depois de sua morte, foi tremendo e ela rapidamente tornou-se um das santas mais populares do século XX. Pio XI, beatificando-a em 1923 e canonizando-a dois anos depois. Teresa foi também declarada copadroeira das missões com São Francisco Xavier em 1927 e nomeada co-padroeira da França (com Santa Joana d'Arc) em 1944. Em 19 de outubro de 1997, São João Paulo II proclamou Teresa a trigésima-terceira Doutora da Igreja, a pessoa mais jovem e a terceira mulher a ter recebido o título na época.