A Editora Santuário, em parceria com a Academia Marial do Santuário Nacional de Aparecida (SP), acaba de lançar Aparecida: Significados e perspectivas, organizado por Wagner Lopes Sanchez.
A obra em questão é um compilado de 12 textos, apresentados durante o XI Congresso Mariológico Internacional, realizado em 2017 (ano jubilar) na Casa da Mãe Aparecida, cuja temática foi “Aparecida: 300 anos de devoção e fé”.
Além dos textos, o livro conta com epílogo de dom Francesco Biasin, da diocese de Barra do Piraí Volta Redonda (RJ), apresentação de Wagner Lopes Sanchez e prólogo de João Décio Passos.
A publicação mergulha na história da devoção brasileira a Nossa Senhora Aparecida, que se confunde com a trajetória do povo brasileiro, que levou para os lugares mais distantes deste país a figura de uma Maria negra; não há como não reconhecer que Nossa Senhora Aparecida faz parte do cenário cultural brasileiro. Ela, que já não pertence apenas à Igreja católica, apresenta-se muito maior do que o catolicismo; reúne em si mesma a história do povo, suas características principais, sua religião, sua busca por mais vida e sua resistência diante das forças que querem negar sua dignidade.
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O senhor organizou os textos que compõem este livro e que foram apresentados no XI Congresso Mariológico, em 2017. Em linhas gerais, o que estes textos abordam e a que eles se assemelham ou do que se diferem?
Wagner Lopes Sanchez – O que é comum nos textos é a figura de Aparecida, presente em diversas situações socioculturais da realidade brasileira. Esse aspecto revela como a devoção a Nossa Senhora Aparecida é multifacetária na complexidade do campo religioso brasileiro e, sobretudo, na religião popular brasileira. O que é diferente é a diversidade de perspectivas a partir das quais se analisa a figura de Nossa Senhora Aparecida. São abordagens oriundas da teologia e da ciência da religião, que procuram captar a devoção a Aparecida em sua dinâmica e em seu impacto na vida social.
O Congresso Mariológico de 2017 foi realizado em pleno ano jubilar, às vésperas do grande jubileu dos 300 anos. O que representa e significa, em sua opinião, esses 300 anos de fé e devoção do povo brasileiro a Nossa Senhora Aparecida?
Wagner Sanchez – Foi um momento de celebração, comemoração e oportunidade para desvelar um grande mosaico que expressa, nos diferentes lugares e nas diferentes expressões religiosas, o significado e a importância da figura de Aparecida, que extrapola o catolicismo. A celebração dos 300 anos de Aparecida representou a celebração de uma devoção popular, que sintetiza muito bem não só as aspirações religiosas, mas também as aspirações de um povo, que quer viver e quer afirmar sua dignidade.
O conteúdo do livro foi organizado em duas grandes partes: “representações e devoções” e “significados e reflexões”. Fale-nos sobre a abordagem que cada parte do livro apresenta.
Wagner Sanchez – Além do prólogo e do texto conclusivo de dom Francesco Biasin, o livro tem duas partes. Na primeira, contêm textos que procuram captar diferentes formas da devoção a Nossa Senhora em vários contextos. Na segunda, os autores se dedicam a analisar e interpretar, a partir da teologia e da ciência da religião, quais são as lógicas presentes nas devoções populares a Nossa Senhora Aparecida e como elas se relacionam com a vida dos/as devotos/as.
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