Por Jornal Santuário Em Notícias Atualizada em 17 JAN 2019 - 08H36

Próxima edição do Sínodo dos Bispos refletirá sobre a Amazônia

Após a realização do Sínodo para os Jovens, realizado em outubro passado, a Igreja volta suas atenções deste ano para a Amazônia, o “pulmão do mundo”. Ela será tema da próxima edição da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em outubro, no Vaticano.

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O Sínodo Especial para Amazônia tem como tema “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e por uma ecologia integral”.


O Sínodo para Amazônia foi uma resposta do Papa Francisco à realidade da Pan-Amazônia. De acordo com Francisco, “o objetivo principal dessa convocação é identificar novos caminhos para a evangelização daquela porção do Povo de Deus, especialmente dos indígenas, frequentemente esquecida e sem perspectiva de um futuro sereno, devido inclusive à crise da Floresta Amazônica, pulmão de capital importância para nosso planeta.

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Que os novos Santos (os 30 mártires brasileiros de Cunhaú e Uruaçu) intercedam por esse evento eclesial, para que, no respeito da beleza da Criação, todos os povos da terra louvem a Deus, Senhor do Universo, e, por Ele iluminados, percorram caminhos de justiça e de paz”.

Durante o encontro com povos indígenas de quase todos os países da Pan-Amazônia, em Porto Maldonado, Peru, Papa Francisco falou sobre a riqueza dos saberes e da diversidade indígena, sobre a necessidade de defender a Amazônia e seus povos e, também, sobre as ameaças que esses povos enfrentam em função dos interesses econômicos em seus territórios. A partir dessas perspectivas, o Sínodo Especial para Amazônia tem como tema “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e por uma ecologia integral”.

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O Sínodo tem, como seus principais pilares, quatro grandes objetivos:

⏩ Conhecer a riqueza do bioma, os saberes e a diversidade dos Povos da Amazônia, especialmente dos povos Indígenas, suas lutas por uma ecologia integral, seus sonhos e suas esperanças;

⏩ Reconhecer as lutas e resistências dos Povos da Amazônia, que enfrentam mais de 500 anos de colonização e de projetos desenvolvimentistas, pautados na exploração desmedida e na destruição da floresta e dos recursos naturais;

⏩ Conviver com a Amazônia, com o modo de ser de seus povos, com seus recursos de uso coletivo, compartilhados em um modo de vida não capitalista adotado e assimilado milenarmente;

⏩ Defender a Amazônia, seu bioma e seus povos ameaçados em seus territórios, injustiçados, expulsos de suas terras, torturados e assassinados nos conflitos agrários e socioambientais, humilhados pelos poderosos do agronegócio e dos grandes projetos econômicos desenvolvimentistas.

Dentre as várias temáticas que serão estudadas e aprofundadas no processo sinodal, está em pauta o “rosto dos povos da Amazônia”, que representa uma rica diversidade sociocultural nessa realidade, que, dadas as proporções geográficas, é uma região gigantesca, onde vivem povos e culturas diferentes que ocupam a região com modos de vida distintos.

As grandes riquezas produzidas na Amazônia e a vastidão de seus bens econômicos são negadas à maioria de seus habitantes, o que favorece a predominância das desigualdades sociais, econômicas, culturais e políticas.

Fonte: Com informações de REPAM Brasil

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