“Meio dia na capital Mariana do Brasil! Os ponteiros apontam para o infinito!” Essas frases, imortalizadas nos corações e mentes de muitos brasileiros, faziam parte da abertura do clássico programa “Os ponteiros apontam para o infinito”, apresentado, diariamente, na Rádio Aparecida, pelo saudoso Padre Vítor Coelho de Almeida, o Apóstolo de Aparecida, entre as décadas de 1950 a 1980.
Leia MaisEm homenagem aos 30 anos de falecimento de padre Vítor, missionário redentorista, conhecido pelo seu empenho e trabalho evangelizador nas Santas Missões Populares, na Rádio Aparecida e no Santuário Nacional, a Editora Santuário lança o livro “Os ponteiros apontam para o infinito”, uma seleção de suas reflexões e catequeses, extraídas dos livros “Os Ponteiros apontam para o infinito” (1960) e “Lembranças do Padre Vítor na Rádio Aparecida” (1987). O livro contém textos publicados originalmente pelo Jornal Santuário de Aparecida, entre o final dos anos de 1940 e os anos de 1950, e pronunciamentos feitos na Rádio Aparecida, onde trabalhou durante os 36 anos (1951-1987). O livro "Os ponteiros apontam para o infinito" é uma atualização, com novos textos, nova capa e diagramação, organizado por Daniel Siqueira.
Padre Vítor Coelho de Almeida nasceu em 1899, na cidade mineira de Sacramento. Aos 8 anos, ficou órfão de mãe. Como seu pai não podia cuidar dele, entregou seu filho aos cuidados da avó materna. Um tio padre o colocou no Seminário Santo Afonso, em Aparecida. Lá o menino se regenerou completamente e nasceu nele a vocação para padre.
Padre Vítor trabalhou com muito zelo nas Santas Missões, na Rádio Aparecida, no Santuário de Nossa Senhora Aparecida e em outras cidades. O povo via nele um carismático e ungido do Senhor, quando pregava. Ao se restabelecer de uma tuberculose que ameaçou sua vida, voltou para Aparecida, tornando-se o missionário mais ouvido no Rádio.
“Em suas reflexões e catequese, o Servo de Deus, Padre Vítor Coelho de Almeida, falou do mistério de Deus, de maneira simples e direta, de fácil compreensão para todos os seus 'caríssimos' ouvintes e agora leitores. Do empenho de seu trabalho apostólico, com a segurança e a clareza doutrinais que lhe eram peculiares, esta coletânea de reflexões escolheu temas de grande relevância sobre a vida cristã, as verdades da Fé, a adesão à Igreja, a prática dos mandamentos, a moral católica e, também, instruções para o bem-viver”, afirma Dom Darci Nicioli, Arcebispo de Diamantina e vice-postulador da Causa de Beatificação de padre Vítor.
O povo chamava padre Vítor Coelho de santo, ainda em vida. Faleceu santamente e em plena atividade apostólica no dia 21 de julho de 1987, com 87 anos de vida. O enterro em Aparecida (SP) foi uma apoteose.
Beatificação
A causa da beatificação de Padre Vítor está tramitando na Congregação das Causas dos Santos, no Vaticano. “Estamos em uma fase adiantada, ou mesmo quase final, do processo de beatificação do Padre Vítor Coelho. Embora não tenhamos controle sobre o andamento dos trabalhos desta que é chamada '“fase Romana”', entregue à Postulação Geral e à Congregação para a Causa dos Santos, faço aqui uma '“profissão de fé,”' porque os indícios são mais que animadores. Houve a fase diocesana do processo de Beatificação, encerrada em 2006, que reuniu documentos e realizou detalhado inquérito sobre a vida, a obra e a heroicidade de virtudes do Padre Vítor Coelho, encaminhado à Congregação para a Causa dos Santos, em Roma, para análise e instrução. Em março de 2007, foi reconhecida a ‘Validade Jurídica dos atos processuais’ e Padre Vítor foi declarado ‘Servo de Deus’”, afirma dom Darci.
No ano de 2011, verificou-se a necessidade de uma “investigação supletiva”, principalmente para inclusão dos programas radiofônicos do Padre Vítor Coelho, que foram transcritos e analisados quanto à doutrina. Em 2013, começaram as investigações sobre os possíveis milagres (fatos que a ciência não explica) atribuídos ao padre Vítor. Dos relatos apresentados ao Vaticano, um foi classificado como “cientificamente inexplicável”. É o caso de uma mulher grávida, de -se de uma família de Pirassununga (SP), que, em 1998, no hospital de Ribeirão Preto (SP), a mãe grávida e sua filha sobreviveram de uma septicemia (infecção generalizada), em um hospital de Ribeirão Preto, evento clínico certificado e confirmado por vários doutores e técnicos de enfermagem. Em 2014, a Causa teve novo alento com a entrega de toda a documentação à Postulação Geral, em Roma. Em 2016, a Congregação para a Causa dos Santos ratificou a Validade Jurídica da Causa, incluindo a investigação supletiva.
“No trâmite final para beatificação do Padre Vítor, restam ainda os o decretos de heroicidade das virtudes, que tem como base o processo diocesano, e outoo decreto, de aprovação de um milagre atribuído ao sacerdote. Após isso, será encaminhado o decreto de beatificação do Apóstolo de Aparecida”, disse Irmã Pierpaula de Farias, da Congregação das Irmãs Apóstolas, colaboradora da Causa de Beatificação de Padre Vítor.
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