Quando Jesus ensina as bem-aventuranças, Ele deseja mostrar ao povo os caminhos para a verdadeira felicidade, por meio da prática da fraternidade e do encontro com Deus. E nos próximos dias, vamos trilhar juntos esses passos! Começamos hoje nossa preparação para a Páscoa pela primeira Bem-aventurança:
1- A recompensa
Vamos começar nossa reflexão pelo final do versículo: a recompensa. Jesus fala sobre “alcançar o Reino dos Céus”. Chegar ao Céu é o significado de conquistar a alegria eterna. Portanto, a condição primeira que Jesus nos pede é simplesmente para que vivamos para sempre felizes e ao seu lado.
2- A condição
Bem, a condição para isso então é ser “pobre em espírito”. A maioria dos dicionários relaciona o significado da palavra “pobre” a alguém que tem carência de bens materiais. Mas, então, Jesus quer que nós passemos necessidade?
Não! A proposta de Jesus, inclusive, passa bem longe desta ideia. O Senhor nos criou para a dignidade e viver bem, com as necessidades supridas, faz parte do equilíbrio da sua criação.
3- O que é ser pobre em espírito?
Quando Jesus nos convida a sermos pobres, é para que “em espírito” vivamos tal como os pobres. Pense bem, o pobre que passa necessidade, que não tem o que comer, o que vestir, onde morar, aprende a confiar em Deus e tem nele a única esperança de um milagre de providência.
Ou seja, a ideia de ser “pobre em espírito” é uma ideia de dependência total de Deus. Uma proposta de vida curvada, prostrada ao Senhor que tudo provê.
Há pessoas ricas financeiramente que sabem depender de Deus, que são humildes e sabem partilhar o que têm. Ao mesmo tempo, há pessoas pobres que são arrogantes, autossuficientes, se acham superiores a outras e não dão espaço para Deus em suas vidas.
E aí está a opção mais triste que alguém pode fazer! Já que o céu é viver eternamente na plenitude da presença de Deus, não dar espaço para Ele em nossa vida significa rejeitar o céu.
4- Colocando em prática
Que nesta Quaresma, possamos nos reconhecer pequenos, enxergar a pobreza do nosso coração, do nosso espírito frente à grandeza de Deus, e revestirmo-nos de humildade.
Ah! E é tempo também de olhar para dentro de nosso guarda-roupa, da nossa dispensa, e rever o que nos sobra para compartilharmos também com os mais pobres materialmente.
E assim seguimos nossa Quaresma, rumo ao Reino dos Céus!
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