Na vida cristã, precisamos sempre nos renovar. Como seres feridos pelo pecado, sempre teremos a tendência de afastar-nos de Deus, ao que chamamos concupiscência. E essa tendência é, muitas vezes, muito sutil, e acabamos tomando o que é bom por mau e o que é mau por bom, sem esquecer-nos de que existe alguém trabalhando justamente para que caiamos em suas tentações. Por isso, Jesus nos pede pra estarmos sempre atentos, vigilantes em oração, porque ao descuidar disso, podemos ter certeza de que acabaremos fazendo más opções.
Nesse caminho que trilhamos, nós, cristãos, precisamos de ajuda. A Igreja, profunda conhecedora do ser humano e dispensadora dos Sacramentos, está sempre presente para orientar o caminho, a fim de que não nos percamos. Duas maneiras muito concretas pelas quais isso acontece são o Sacramento da Confissão e o aconselhamento espiritual, que, apesar de serem confundidos algumas vezes, são coisas distintas, que precisam ser melhor entendidas.
Confissão
A Confissão, em primeiro lugar, é um dos sete Sacramentos, que são “um sinal sensível (por meio de palavras e ações), acessíveis à nossa humanidade e que realizam eficazmente a graça que significam em virtude da ação de Cristo e pelo poder do Espírito Santo” (Catecismo, parágrafo 1084).
Em outras palavras, na Confissão possuímos um canal certo da Graça de Deus, assim como na Comunhão e nos demais sacramentos.
Como todo sacramento, a confissão possui algumas fórmulas e passos, tanto do confessor, como do penitente, que precisam ser cumpridas em sua realização. Isso nos dá a segurança de que somos realmente perdoados por Deus.
Em um desses passos, que é a confissão dos pecados, algumas vezes as pessoas misturam um pouco as coisas e acabam comentando mais do que os pecados, explicando sua atual situação de vida. E o sacerdote, por sua vez, com toda a boa intenção, e sabendo que talvez essa seja uma oportunidade única, escuta e aconselha. No final, se dá a absolvição e tudo isso que aconteceu no confessionário é válido e muito bom, apesar de simplesmente se misturarem os momentos.
A Confissão, portanto, é um sacramento no qual exponho os meus pecados (e não toda a situação pela qual estou passando e que talvez me levou a pecar) para obter, assim, a reconciliação com o Senhor e a Graça necessária para continuar lutando por ser fiel e cada vez mais santo.
Aconselhamento
Um aconselhamento bem pontual e direcionado ao que foi confessado faz parte da confissão, mas é no âmbito do aconselhamento espiritual que temos a oportunidade de olhar para dentro de nós mesmos.
Com a ajuda de um conselheiro, podemos descobrir como podemos crescer em nossa vida espiritual.
Conhecendo-nos melhor e as possíveis razões pelas quais temos essa ou aquela dificuldade, esse ou aquele defeito e também conhecendo melhor os nossos dons, talentos e capacidades, podemos colocá-los a serviço de Deus e da missão da Igreja.
Enfim, o aconselhamento espiritual vem a ser um espaço privilegiado para conhecer-se cada vez mais, com a perspectiva de Deus. Iluminados com essa Luz divina, reconhecemos melhor as nossas qualidades e o que precisamos mudar para nos assemelharmos cada vez mais com Jesus.
Veja também: YouCat - Como se constitui a Confissão?
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