Já escutamos várias vezes que é difícil entender os planos de Deus. Falamos que Ele escreve certo por linhas tortas. Falamos também que a sua lógica não é a nossa lógica. Repetimos que Ele, com toda sua sabedoria, sabe tirar coisas boas dos piores acontecimentos.
Somos muito rápidos para dizer isso aos demais, mas quando algo na nossa vida sai do nosso controle, quando Deus resolve tirar algo do lugar que tínhamos pensado, tudo se complica. Deus deixa de ser o providente para ser o ausente. Passa de Pai amoroso a juiz vingativo em um piscar de olhos. E em um Deus consolador só encontramos desolação.
Essa experiência que pode cruzar o caminho do cristão não é nova, e pode servir para um grande crescimento espiritual. Se abrimos as páginas da Bíblia no livro de Jó, encontraremos uma pessoa que atravessou uma provação duríssima, mas que saiu do outro lado mais forte em sua fé e em sua confiança em Deus.
Conta a narrativa, em breves linhas, que Yahweh permitiu que o demônio fizesse o que desejasse com Jó, sem lhe tirar a vida. Segundo o demônio, Jó só era fiel a Deus porque fora abençoado toda sua vida com todos os bens possíveis. Sem essas bênçãos, certamente amaldiçoaria o Senhor.
Vale a pena conhecer melhor a história de Jó, porque tem muitos detalhes interessantes. Mas de maneira geral, vemos que Jó, não sem dificuldades, permanece fiel a Deus. De seu livro é a famosa frase que diz: “Se recebemos de Deus os bens, não deveríamos receber também os males”?
E ainda aquela outra: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei para lá. Yahweh o deu, Yahweh o tirou, bendito seja o nome de Yahweh”. Não são passagens de fácil interiorização, mas mostram de verdade como um coração pode confiar em Deus apesar de tudo ao seu redor dizer o contrário.
Ao longo da narrativa do livro bíblico, vemos que Jó sofreu muitas tentações, inclusive postas por amigos seus que não acreditavam em sua inocência, que qualquer um hoje em dia poderia dizer que se ele voltasse as costas a Deus, não cometeria erro nenhum.
Leia MaisOnde está Deus nas tragédias?Mas é exatamente nesses momentos em que podemos provar e fortalecer a nossa confiança em Deus.
Dizer-lhe de verdade: “Senhor, não consigo ver todos os motivos e razões do que está acontecendo, mas apesar de tudo, confio na sua providência, no seu amor misericordioso. Confio que em tudo isso não me deixará desamparado”. E olha que não somos tão justos e honestos como Jó era. Mas mesmo assim podemos confiar sempre.
Maria também confiou em meio a extremas dificuldades. Ficando de pé junto à cruz, ela nos ensina a manter a fé mesmo nos momentos mais escuros, porque confiava que a dor e a morte não têm a última palavra, como de fato não tiveram.
Com a ressurreição de Jesus fica claro que Deus é aquele que tem essa última palavra e, por mais que não vejamos tudo claro, sabemos que Ele vê e governa o mundo de acordo com Sua providência amorosa.
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