A vocação é um dom, uma graça de Deus, um chamado que não depende dos méritos de quem o recebe. Mesmo assim, a vocação não desconsidera a pessoa. Ou seja, Deus, ao criar cada homem e cada mulher, faz de cada um capaz não somente de receber e escutar o chamado, mas também de responder a ele de maneira adequada, à altura de tal graça, contando sempre com o auxílio divino.
Contudo, é preciso ter claro que, ao considerarmos a totalidade dos homens criados por Deus, podemos dizer que existe uma vocação universal, ou seja, um chamado único feito por Deus para todos os seres humanos. Trata-se do chamado à perfeição do amor, ou seja, a santidade. Como dizíamos acima, Deus, com este chamado universal, não somente chama todos ao amor, à santidade, mas a todos concede todas as graças e condições para responder, plenamente, a esta vocação.
Por outro lado, ao considerarmos a singularidade de cada homem e cada mulher, podemos falar de uma vocação particular, um chamado individual para cada pessoa, para que ela ocupe seu lugar na Igreja e cumpra em sua vida, de maneira pessoal e intransferível, a vocação universal à santidade que recebeu no batismo. Trata-se de um chamado a um estado de vida eclesial, para que sua vida e ação contribuam na perfeição da Igreja e do mundo, assim como na perfeição na caridade da mesma pessoa que recebe este chamado.
A pergunta acima faz referência à vocação divina entendida nesta segunda perspectiva mais específica, ou seja, a vocação particular. É possível ser chamado a dois estados de vida eclesiais? Simultaneamente, não. Mas, sim, é possível que Deus, dependendo do estado de vida em questão, ao terminar das condições que o faziam possível, não deixe de convidar a pessoa a outro estado de vida, com um novo chamado. Tal é o caso de homens ou mulheres casados que, como já se viu ao longo da história, logo do falecimento de seu cônjuge e livres da obrigação do estado eclesial do matrimônio, sentem o chamado ao serviço ministerial no sacerdócio ou à vida consagrada e, depois do devido discernimento com a Igreja, ingressam a este novo estado eclesial.
Leia MaisÉ possível ser um ex-padre?
E com o padre? Existe a chance de um sacerdote ser chamado por Deus a outro estado de vida? Já dissemos que simultaneamente não, ou seja, Deus não se contradiria, chamando para duas vocações de exigências distintas.
Mas, é possível imaginar um cenário onde um ex-padre seja chamado a outra vocação ou estado de vida? Sabemos que o caráter, a marca espiritual indelével no íntimo do ser do ordenado não se perde e, por isso, ele será sacerdote para sempre. Mas também sabemos que um sacerdote pode ser dispensado do estado de vida sacerdotal.
Neste caso, em que um sacerdote deixa o estado de vida sacerdotal, seja qual for o motivo, Deus pode, em sua infinita misericórdia, considerar para ele novos horizontes de vida na Igreja e serviço no mundo. Nesse sentido, podemos dizer que, sim, é possível a existência de uma nova vocação de Deus para quem deixou o estado sacerdotal, como por exemplo um chamado à vida matrimonial, com suas belezas e exigências.
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