Por João Antônio Johas Leão Em Crescendo na Fé Atualizada em 26 JUN 2020 - 14H32

O desejo do Infinito em nosso coração

1:: Preciso ser devoto do Sagrado Coração de Jesus? 2:: Como está seu coração?
3:: Por que ainda não embarcou nessa?
Esse é o terceiro de quatro textos que te ajudarão a iniciar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
O próximo é:
4:: Dê o primeiro passo!
Vamos em frente?

Chegando nessa época, acho que é muito interessante olhar para o nosso interior e ver o que o nosso coração realmente deseja. Existem muitas ofertas para preenchê-lo, mas será que levamos em consideração o que, de fato, o pode preencher?

Espero que a seguinte reflexão nos ajude para que entremos em nós mesmos e nos questionemos sobre isso.

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O coração do homem é um lugar, no mínimo, curioso. Não estamos falando sobre o órgão vital que pulsa em nosso peito, mas da realidade espiritual que está presente no homem e que as Sagradas Escrituras traduzem por “coração”. É sobre ele que estamos falando quando conversamos sobre os nossos desejos mais profundos e os sonhos mais autênticos, mas também dos grandes dramas e fragilidades que possamos estar vivendo. Ser feliz significa preencher esse espaço com o que realmente o preenche e é nesse ponto fundamental que, muitas vezes, nos perdemos.

É que, como falávamos, o coração é um lugar curioso, intrigante. Nele, parece que cabe de tudo, tudo mesmo. E assim vemos que o que parece fazer uma pessoa feliz não é exatamente aquilo que faz uma segunda pessoa feliz. Da mesma forma, duas pessoas podem ser completamente diferentes, mas ser felizes, e podemos questionar se há algo em comum no coração delas. E há, sim! O nosso coração é, ao mesmo tempo, único, por um lado, e igual ao de todos, por outro (curioso mesmo!).

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O infinito também é algo curioso, como o coração

Eu posso perceber isso simplesmente olhando para o lado e vendo, com os próprios olhos, que não existe ninguém igual a mim. Também parece ser evidente que nunca existiu e nem existirá outro “eu”, apenas esse “eu” aqui e agora. Somos realmente únicos. Mas é igual ao de todos em pelo menos um aspecto fundamental: em todos os corações cabe de tudo, parecem não ter fundo ou limites. Em outras palavras, todos os corações só se preenchem realmente se o infinito vier até eles.

O nosso coração é grande e isso, em um sentido, gera um grande problema: Não vemos o infinito passando na rua todos os dias. Não podemos comprar o infinito na loja da esquina e preencher o coração. O infinito também é algo curioso, como o coração. Ele precisa estar em todo lugar (senão, não seria infinito), mas está escondido aos nossos olhos, que são finitos. Ele é tão escondido que muita gente acaba colocando várias coisas finitas e passageiras, porque não consegue encontrar o Infinito.

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Mas não é possível preencher o Infinito com o finito

E o único Infinito que existe é Deus. E é com seu infinito amor que Ele quer vir morar em nosso finito coração, criado por Ele, justamente para que só encontremos a verdadeira felicidade no único lugar em que ela pode estar. É por isso que frases como “Posso ter tudo, mas sem Deus não tenho nada” são verdadeiras em um sentido muito mais profundo do que o que normalmente conseguimos captar quando as escutamos.

Isso não significa que todas as coisas são ruins e que eu preciso ter meu coração vazio para o “encher” de Deus. Deus, com a nossa abertura, vem ao nosso coração e plenifica tudo o que vivemos, santificando as coisas que nos ajudam a sermos felizes e, com muita sabedoria, purificando tudo aquilo que me afasta do infinito, que o é o que o coração de verdade deseja.

A escolha é sempre nossa. E o seu coração? Como você o vai preencher?

Que bom que chegou até aqui!
Você leu o texto: O desejo do Infinito em nosso coração.
No próximo texto nós te ajudaremos a dar o primeiro passo, clique aqui
Fique ligado!
Escrito por:
João Antonio Johas Leão (Arquivo pessoal)
João Antônio Johas Leão

Licenciado em filosofia, mestre em direito e pedagogo em formação. Pós-graduado em antropologia cristã e entusiasta de pensar em que significa ser cristão hoje.

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