Crescendo na Fé

O que fazer com meu ramo após o Domingo de Ramos?

Escrito por Pe. Marcelo Magalhães, C.Ss.R.

20 MAR 2016 - 07H30 (Atualizada em 03 ABR 2023 - 16H19)

Gustavo Cabral - A12

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Está no costume da Igreja usar dos ramos abençoados para que, depois de secos, sejam queimados e usados na Quarta-feira de Cinzas.

Nesse caso, você pode guardá-los e quando estiver mais próxima essa ocasião, levá-los até a paróquia de sua cidade. 

Muitos de nossos avós tinham também a tradição de queimá-los quando chegava o tempo de colheita, quando se aproximava uma tempestade ou ainda queimavam em torno de casa ou do local de trabalho para livrar de pestes e bichos peçonhentos.

Nesses gestos todos está a fé de que a bênção de Deus está presente nos ramos e é Ele o Senhor do tempo e da história.

Ramos: o significado e a tradição

Os ramos de oliveira eram comuns na região de Jesus e o evangelista Lucas relata que: “Por onde ele passava, o povo estendia seus mantos sobre o caminho". (Lucas 19, 36). Hoje, os ramos de palmeiras são abençoados e, dessa forma, podem nos servir de remédio, proteção, mas, sobretudo, como memória do compromisso de seguidor de Cristo que assumo. 

Rezamos na oração de bênção dos Ramos:

“Deus eterno e Todo Poderoso, “abençoai” estes ramos, para que, “seguindo” com alegria o Cristo, nosso Rei, cheguemos por ele à eterna Jerusalém”.

Nesse sentido, guiados por essa oração temos duas palavras que nos ajudam refletir a importância e o significado dos ramos.

A invocação feita é um pedido de bênção para os ramos que temos em mãos ou que estão adornando o local da celebração. No “abençoai” se manifesta o pedido da Igreja terrestre e peregrina, que quer e deseja entrar na Jerusalém Celeste.

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Dessa maneira, com os ramos em mãos, assumimos a missão de “seguidores” e participantes do projeto de Deus. A oração segue nos dizendo que o seguir é alegre e festivo. É celebrar junto o Mistério de morte e ressurreição.

A tradição é importante e pode continuar a ser seguida, apesar de não ser uma obrigatoriedade. Mas, o que mais importa é que, assim como os filhos dos Hebreus com ramos de palmeira correram ao encontro de Jesus, somos também nós seus discípulos convidados a direcionar nossos passos e ações para Ele e, desse modo, sermos participantes do Mistério Pascal.

A Jerusalém Celeste é o céu prometido a todos aqueles que, com seus ramos, glorificam a Deus. E, nos passos e ensinamentos de Jesus, aprenderemos que no mandamento maior está o Caminho e o maior desejo de Deus: "Amai-vos", pois é desse sentimento que emana tudo aquilo que nos faz participantes da Filiação Divina – Filhos de Deus.

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