Por Jovens de Maria Em Crescendo na Fé Atualizada em 06 DEZ 2018 - 11H15

Quais os efeitos da Esperança?

Muitas vezes, aproximamo-nos de Deus pois justamente Ele parece ser a nossa última alternativa. O único que pode resolver o que eu não consigo fazer por mim mesmo. Será que essa experiência consegue explicar realmente a Esperança Cristã?

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A nossa fé não é um amuleto que dá sorte quando precisamos daquela força extra. Cuidado, amigos! Nossa fé tem características muito diferentes de outras religiões. Jesus não é igual a Buda, ou Maomé. Bora entender!

Esperança como Virtude:

A Esperança é uma Virtude Teologal, ou seja, “adapta às faculdades do homem à participação na natureza divina, refere-se diretamente a Deus e dispõe os cristãos para viverem em relação com a Santíssima Trindade” (CIC nº 1812-1813). Por ela, desejamos o Reino dos Céus e confiamos nas promessa de Cristo. O Catecismo ainda diz:

“A Esperança corresponde ao desejo de felicidade que Deus colocou no coração de todo o homem; assume as esperanças que inspiram as atividades dos homens, purifica-as e ordena-as para o Reino dos Céus; protege contra o desânimo; sustenta no abatimento; dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. O ânimo que a esperança dá preserva do egoísmo e conduz à felicidade da caridade” Catecismo da Igreja Católica, 1818

Olhemos os efeitos da Esperança Cristã:

Assume as esperanças que inspiram as atividades dos homens, purifica-as e ordena-as para o Reino dos céus: você já parou para pensar por que faz o que faz? Não podemos viver andando por aí sem rumo. Tampouco podemos permitir-nos fazer o mal às pessoas. Pelo contrário, devemos fazer o bem. Sendo assim, anunciar e ser testemunhas do Evangelho nas nossas atividades faz-nos repensar o porquê de fazermos as coisas.

Protege contra o desânimo, dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna: Não é novidade que, muitas vezes, na vida cristã somos chamados a assumir uma cruz, algum fato que nos é custoso, difícil e até doloroso. Bento XVI, na “Spe Salvi”, nos ensina que há “lugares” de aprendizagem e de exercício da esperança, como por exemplo a oração, o agir e o sofrer. Ele diz: “Não é o evitar o sofrimento, a fuga diante da dor, que cura o homem, mas a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer, de encontrar o seu sentido através da união com Cristo, que sofreu com infinito amor” (SS 37).

:: Curta de Natal produzido pelo Santuário fala sobre Esperança. Assista!

Preserva do egoísmo e conduz à felicidade da caridade:

A esperança nos lembra que nossa vida não se limita a este mundo, não podemos guardar ou levar para a vida eterna bens materiais. Tampouco podemos ignorar os demais; temos que ajudá-los. Aquele que está do meu lado é uma missão para mim. Devo viver e oferecer a ele toda a alegria da Esperança Cristã. Devo ajudá-lo, para que se salve.

Resumindo, a Esperança cria uma grandeza no coração humano. Não nos é permitido ter uma atitude passiva, simplesmente. Pelo contrário, a Esperança Cristã dilata o coração diante da vontade de Deus, que nos oferece um caminho de peregrinação até o encontro definitivo com Ele. É uma santificação da nossa vida e das nossas ações.

A Esperança nos lembra do quão importante é a Vida; mesmo que pareça que nós não fazemos nada de mais, nós somos santificados à medida em que vamos seguindo a Deus e oferecendo-Lhe nossas ações e orações. Essa é a nossa Fé, que se sustenta na Esperança deste Deus que nos ama e nos acompanha. Por isso ele é chamado o Emanuel, o Deus conosco.

Fábio Santos Araújo, SCV


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