Para os cristãos, o dia 2 de novembro é uma data que celebra a memória daqueles que já partiram para a eternidade na feliz esperança da ressurreição, “sei que meu Redentor está vivo e que no último dia vou ressurgir da terra, e em minha carne verei o meu Deus” (Jó 19,25.26).
O Dia de Finados como conhecemos tradicionalmente, é celebrado após a solenidade de Todos os Santos, pois, essas duas festam homenageiam as almas e os Santos que por algum motivo, os cristãos não os lembram no cotidiano.
A solenidade de Todos os Santos, nos recorda que a santidade foi alcançada, Deus lhes deu o prêmio da vida eterna, “alegrem-se os santos no céu; eles que seguiram as pegadas de Cristo, com Cristo exultam eternamente” (Antífona Dia de Todos os Santos).
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2Tm 4, 7-8).
Na comemoração dos Fiéis Defuntos, a Igreja celebra com profunda esperança a ressurreição daqueles que adormeceram no Cristo, “como Jesus morreu e ressuscitou, Deus ressuscitará os que nele morreram. E, como todos morrem em Adão, todos em Cristo terão a vida” (Antífona Dia dos Fiéis Defuntos).
Leia MaisFinados: uma reflexão sobre o modo como vivemosO próprio Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive em mim, não morrerá eternamente” (Jo 11,25-26). Por isso, a Igreja faz memória dos fiéis defuntos e eleva a Deus orações em sufrágio pela salvação de seus mortos, pedindo: “Dai-lhes, Senhor, o repouso eterno e brilhe para eles a vossa Luz” (4Esd 2,34.35).
A morte é uma passagem que deixa lacunas, tristeza, saudades e às vezes não conseguimos aceitar essa ruptura, tudo parece ter terminado sem ao menos ter despedido daquela pessoa. Nenhum ser humano está preparado para despedir de seu semelhante, seu amigo, sua família.
Nesse momento de solidão, desespero, angústia, revolta com o próprio Deus, a fé faz-se companheira daqueles que ficam, pois, ela é o elo de fortalecimento entre o ser humano e Deus. Por meio dela, confiamos nas promessas de Jesus “quem crê em mim, viverá eternamente” (Jo 3,36).
“Senhor, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível” (Prefácio dos Fiéis Defuntos I). O livro da Sabedoria cita que a morte é o começo do “estar nas mãos de Deus”, Ele que nunca tem fim pois é eterno. A morte é a ponte entre a vida terrena e passageira para a belíssima vida celeste, divina e eterna.
Para os que creem em Deus, sabem que a morte é a passagem para uma vida nova em Cristo, “Deus enxugará toda lágrima, e já não haverá morte, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas terão passado” (Ap 21, 4). Essa é a certeza de todo cristão, “se morremos com Cristo, com Ele viveremos” (Rm 6, 8).
“Por nossa culpa, somos condenados a morrer; mas, quando a morte nos atinge, vosso amor de Pai nos salva. Redimidos pela morte de vosso Filho, participamos de sua ressurreição” (Prefácio dos Fiéis Defuntos V).
O Dia de Finados é dia de oração, ir à Igreja, elevar a Deus preces pelos nossos amigos e familiares que estão à espera do dia da ressurreição conforme professamos na fé cristã, que as nossas orações cheguem a Deus em favor dessas saudosas almas como o incenso chega até Deus (Ap 8,3).
No Dia de Finados, cultiva-se a tradição de visitar os túmulos dos fiéis defuntos para recordar a vida e missão dessas almas que estão juntos de Deus. Nessa visita, costuma-se levar flores e velas para ordenar os jazigos. As flores simbolizam gratidão pela existência, pelo convívio em vida, pelos momentos afetuosos vividos. A vela é o símbolo do Senhor Ressuscitado e da nossa fé na esperança da feliz ressurreição com Cristo.
Flores e velas são sinais de nossa oração ao Deus da vida. Portanto, ao visitar o túmulo de um ente querido, não leve nenhum objeto se eles não estiverem acompanhados de suas orações, seus sentimentos e esperança da vida eterna ao lado de Jesus e Maria Santíssima. Esse dia, é dia de oração, de silêncio, meditação pessoal, dia santo para dedicar a oração aos nossos antepassados.
Não é dia de algazarras, festas profanas e bebedeiras. É um dia no ano dedicado à oração para aqueles que morreram encontrem no Cristo a vida Eterna. Santo Agostinho disse: “Uma lágrima se evapora, uma flor murcha… só a oração chega ao trono de Deus”.
A juventude precisa visitar o cemitério para recordar dos seus familiares, rezar por eles, meditar a própria vida, pensar os caminham que estão percorrendo, refletir suas atitudes, seus valores e sua fé; pois, “do pó viemos, ao pó voltaremos” (Gn 3,19).
É preciso ter um coração capaz de reconhecer a bondade de Deus, saber que Ele “é o único caminho, verdade e vida” (Jo 14, 16). Que ninguém é maior nesse mundo, que os bens materiais são passageiros, que nenhuma riqueza nos salvará; “os tesouros devem serem juntados no céu, pois onde está o teu tesouro está o teu coração” (Mt 6, 19-21).
Essa tradição de visitar os túmulos dos defuntos surgiu por volta do Século II, as famílias visitavam e escreviam orações nas tumbas para àqueles que estavam enterrados. Esse costume deu origem ao Dia de Finados, a partir desse evento, um dia específico foi estabelecido para celebrar a memória dos defuntos. No século V, a Igreja separou um dia especial para que os cristãos pudessem dedicar à oração por aqueles que ninguém mais rezava no restante do ano.
No Século XI, foi escolhido um dia para que os fiéis pudessem rezar pelos seus antepassados. Mais tarde, no Século XIII foi oficializado o dia 2 de novembro como dia dos Fiéis Defuntos, após a Solenidade de Todos os Santos.
Essas duas celebrações da Igreja têm por objetivo celebrar os santos que estão intercedendo pela Igreja terrena sem serem levados aos altares dos Templos e não são lembrados pelo povo. Já a celebração da comemoração dos fiéis defuntos, a Igreja recomenda a oração por aquelas almas esquecidas.
Nesse dia de Finados, peçamos a Deus que dê o descanso eterno àqueles que morreram na sua paz. Que vivam no teu amor aqueles que amaste, aqueles que Te amaram. Não esqueças o bem que fizeram a si e aos outros. Esquece todo o mal que praticaram, risca os pecados do teu livro da vida e concede a todos os que adormeceram na tua paz, a graça de estarem unidos a nós pela Palavra e pela Eucaristia.
Que quando terminarmos nossa peregrinação terrena, possamos como Jesus dizer: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46). “Nele brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição. E, aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola” (Prefácio dos Fiéis Defuntos I).
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