O que a história, retirada dos quadrinhos, de um homem franzino, que aceita ser cobaia em uma experiência científica para torná-lo um super-soldado tem a nos dizer? Talvez não que possamos ser fortes por causa de um soro ou radiação, mas que não deixemos de ser o melhor que pudermos!
Capitão América: o Primeiro Vingador, filme de 2011, que insere no universo cinematográfico da Marvel (MCU) o 'sentinela da liberdade', não é somente mais um filme sobre a origem de um super-herói. Recorda-nos o quanto perdemos de nossa capacidade de cultivar valores.
Em uma das cenas do filme, o cientista Abraham Erskine (interpretado por Stanley Tucci), responde ao soldado Steve Rogers (Chris Evans) que o questiona sobre a razão de ser ele o escolhido – lembrando que Steve era um 'magricela' sem saúde:
Quanto essas palavras gritam a nós, que nos declaramos cristãos! Somos fracos. Por isso, reconhecemos o valor e a necessidade da Força que vem do alto, o Espírito Santo, do Santificador, que nos torna virtuosos.
O Catecismo da Igreja Católica vai nos ensinar, a partir do número 1803: “A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si. Com todas as suas forças sensíveis e espirituais, a pessoa virtuosa tende ao bem, procura-o e escolhe-o na prática (...). Pessoa virtuosa é aquela que livremente pratica o bem”.
Como necessitamos lembrar do quanto os valores têm valor! Como é urgente reconquistar em nossa vida a possibilidade de sermos pessoas virtuosas! Steve Rogers, o Capitão América, nos faz relembrar isso. Traz-nos de volta o valor da coragem e da fortaleza, da honra e da busca do que é correto; do bem, do dar o melhor de nós mesmos até chegar ao sacrifício, e isso de forma livre.
No final do diálogo entre o Dr. Erskine e Rogers – na mencionada cena – o cientista vai dar um conselho que vale a todos nós: “Aconteça o que acontecer com você, quero que me prometa uma coisa: que vai continuar sendo quem é. Não um soldado perfeito, mas um homem bom”.
Não perfeito – no sentido de não precisar mais melhorar-se – mas, um ser humano bom.
Abraço e paz!
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