Quando tentamos aprender algo novo, no qual nossa experiência prévia é mínima ou quase nula, não é suficiente um manual que descreva o que será feito.
Normalmente, buscamos exemplos de como aquilo é realizado. Pensemos num esporte (ou jogo) muito diferente, ou quando arrumamos emprego numa área que foge do que conhecemos. Às vezes, até mesmo para um conserto, que demanda mais do que a nossa intuição. Atualmente, vários encontram isso num tutorial no YouTube.
Assim, os exemplos são importantes para saber como encaminhar de forma certa, algo que estamos começando. Isto também pode ser aplicado na realidade do casamento que, com certeza, precisa mais do que um simples tutorial.
Pensando na necessidade de refletir sobre como viver o casamento, sobre como construir uma família, paremos para contemplar a figura da Família de Nazaré. "Por misterioso desígnio de Deus, nela viveu o Filho de Deus escondido por muitos anos: é, pois, protótipo e exemplo de todas as famílias cristãs". (S.S. João Paulo II, Familiaris Consortio, 86)
Parte da dinâmica do aprendizado, através de exemplos, é que eles tenham algo a ver conosco. Quer dizer, se o exemplo fosse algo totalmente alheio a nós, não teria nada a nos dizer. Para quem vê na Sagrada Família uma situação ideal, sem problemas, sem dificuldades, pode questionar-se se ela tem algo a ensinar para nossa realidade concreta. Mas, na verdade, a simplicidade dela combina muito bem com a grande e desafiadora missão que foi lhe encomendada.
"Aquela Família, única no mundo, que passou uma existência anônima e silenciosa numa pequena localidade da Palestina; que foi provada pela pobreza, pela perseguição, pelo exílio; que glorificou a Deus de modo incomparavelmente alto e puro" (S.S. João Paulo II, Familiaris Consortio, 86), é ela um exemplo brilhante sobre:
- Como discernir o que Deus convida a fazer (cf. Mt 1,18s; Lc 1,26s);
- Como superar situações político-sociais desafiadoras (cf. Mt 1,13; Lc 2,1-5);
- Como encontrar soluções criativas em contextos difíceis (cf. Mt 1,19-23);
- Como superar os problemas, sem ficar discutindo sobre quem tem a culpa por eles (cf. Lc 2,6-7).
Assim também, a respeito de como acolher aos demais (cf. Mt 1,11-12; Lc 2,16-20), de como integrar a religiosidade na vida familiar (cf. Lc 2,21.22-24.41) e de como receber notícias que são difíceis de entender e acolher (cf. Lc 2,25-35.48-51).
Na verdade, eles não deixam apenas seu exemplo, mas também se relacionam conosco. Aquela Família "não deixará de ajudar as famílias cristãs, ou melhor, todas as famílias do mundo, na fidelidade aos deveres cotidianos, no suportar as ânsias e as tribulações da vida, na generosa abertura às necessidades dos outros, no feliz cumprimento do plano de Deus a seu respeito". (S.S. João Paulo II, Familiaris Consortio, 86)
Enfim, quem perguntar "como viver cristãmente o casamento?"; pode olhar para o exemplo de Maria e José. Para começar, eles têm no centro Jesus, tal presença dá fruto na santidade de vida deles – expressa não tanto como ausência de mal, mas sobretudo como responsabilidade e comunhão. Dessa forma, cumprem a missão que têm juntos.
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