NOTÍCIAS
Notícias

Entrevista: 83% das famílias buscam por marcas mais baratas em compras

Escrito por A Rádio POP

11 NOV 2024 - 15H14 (Atualizada em 11 NOV 2024 - 15H54)

Nopphon_1987/shutterstock

A Fundação SEADE publicou a pesquisa sobre segurança alimentar no estado de São Paulo, levantamento anual que investiga a percepção da população sobre segurança e hábitos alimentares, abrange as estratégias familiares para sua alimentação, as consequências da falta de acesso a alimentos e o ingresso a programas sociais.

Alguns dados chamam atenção. Por exemplo, entre 2023 e 2024, no estado de São Paulo, manteve-se estável em 82% a parcela de famílias que passaram a comprar marcas mais baratas de alimentos.

Para trazer mais detalhes sobre este tema o pesquisador da Fundação SEADE, Alexandre Loiolan, falou dessas adaptações que incluem também o acesso à alimentação saudável e variada, já que as famílias tiveram que priorizar uma marca mais simples em detrimento de outras ou até mesmo a situação da fome, em que 15%, por exemplo, das famílias paulistas deixaram de comprar algum alimento por falta de dinheiro.

"Se você olha os dados da pesquisa, você percebe que é uma graduação, uma graduação na reação a esses ajustes. O primeiro é você comprar outro alimento e fazer uma substituição do alimento mais caro para o mais barato. Depois você deixa de comer fora, começa a levar marmita para o trabalho. Você vai fazer esses ajustes até o momento que você passa fome, quando você não tem dinheiro para comprar. São as estratégias até você chegar em nesse número expressivo de 15% da população declara que passou fome porque não tinha comida e nem dinheiro para fazer a compra. O que é uma situação mais trágica, convenhamos que até inaceitável para nossa sociedade."

O pesquisador ainda estaca que a atual realidade pode indicar perspectivas para a formulação de políticas públicas voltadas à segurança alimentar das famílias.  

"A questão econômica, o acesso ao emprego, acesso às oportunidades, é isso que vai determinar que uma família possa ter um padrão de segurança alimentar, um direito básico da humanidade, um direito civilizatório que ninguém mais deveria ter problema disso, no entanto, são bilhões de pessoas no mundo que passam fome, não é só não é exclusividade do nosso país, mas é nossa realidade muito por conta da desigualdade e da falta de oportunidade."

Confira a entrevista na íntegra:



Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por A Rádio POP, em Notícias

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...