A partir de segunda-feira, o Jornal Regional traz uma série de reportagens no especial "A realidade dos presídios da região", que vai ao ar de 17 a 19 de setembro, a partir das 11h.
Composto por 12 unidades, o sistema prisional do Vale do Paraíba encontra-se superlotado. As penitenciárias têm, juntas, capacidade para receber 10 mil detentos, mas atualmente abrigam 14 mil, o que representa um excedente de 40%.
Carolina Barros, jornalista responsável pela reportagem, afirma que é sobre esta realidade nos presídios e centros de detenções provisórias que vai ser tratado nessa série especial.
Superlotação e dia a dia do agente penitenciário é doloroso nas prisões brasileiras
A realidade de superlotação nos centros de detenção do país também está bem presente na região do Vale do Paraíba. As cidades de Caraguatatuba, São José dos Campos, Taubaté, Tremembé e Potim abrigam nove unidades prisionais, entre presídios e Centros de Detenção Provisória (CDPs).
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), a capacidade total é de 7.391 internos, mas atualmente abriga 11.773, o que resulta numa superlotação de mais de 50% (cerca de 4 mil detentos a mais).
“A superlotação é um problema em todo o país. A cada dia há vários crimes acontecendo e estão entrando vários sentenciados nas unidades prisionais. São Paulo é o estado que mais detém presos, e também é o que mais tem presos condenados, o que representa boa parcela de todo o Brasil”, afirma Márcio Santos Assunção, diretor jurídico do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo, o Sindasp.
O diretor jurídico do Sindasp ainda lembra que os agentes trabalham hoje em condições precárias, com de falta de equipamento, gestão e treinamento. Ele afirma que, apesar do estado ter uma boa estrutura, as condições de trabalho estão bem defasadas; a violência dentro das unidades prisionais é sempre muito presente.
Ouça a primeira reportagem da série:
Entenda a realidade dos agentes penitenciários no Brasil
Considerada uma das profissões mais antigas da humanidade, também a segunda profissão mais perigosa do mundo pela organização internacional do trabalho, o agente penitenciário tem papel importante na vida do encarcerado.
No país há mais de 65 mil agentes penitenciários, hoje em média cada agente penitenciário é responsável por 8 a 9 prisioneiros. Para o Conselho Nacional de Políticas Criminais e Penitenciárias, o recomendado seria que houvesse um agente penitenciário para cada cinco.
Conheça o dia a dia através dos olhos de quem trabalha no sistema prisional e das pessoas que atuam de forma voluntária com os internos na reportagem de Carolina Barros com trabalhos técnicos de Marcos Prado:
Dentro das unidades prisionais, além dos funcionários, existem pessoas que fazem o acompanhamento de forma voluntária da vida dentro dos presídios.
Seja acompanhamento religioso, jurídico ou social o Conselho da Comunidade de Taubaté foi criado dentro da lei de execuções penais. A Presidente do Conselho, Maria Tereza de Oliveira Ivo, conta como é o trabalho desenvolvido.
“A principio ajudamos no trabalho de correição nas penitenciárias. Somos credenciados a entrar na penitenciária e verificar as suas condições. O intuito não é inquisitório, mas de ajudar a levantar aspectos com deficiência da unidade para que a juíza tome as devidas providências”, explicou.
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