Com o tema Resistência, o Jornal Regional traz ao longo desta semana bate-papos com personalidades da nossa região com a reflexão da Consciência Negra. Nesta quinta-feira (21), o tema a ser discutido e refletido é a Pastoral Afro e seu trabalho em valorizar a cultura e a espiritualidade afro-brasileira dentro da Igreja Católica.
A pastoral promove a inclusão e a preservação das tradições afrodescendentes. Nos estúdios, os convidados Padre Vanderlei Sousa, Missionário Redentorista, assessor da pastoral afro da arquidiocese de Aparecida, José Roberto, Vice Coordenador Arquidiocesano e Maria Regina, Coordenadora da Pastoral Afro da Paróquia Nossa Senhora Aparecida e São Benedito, falaram sobre o tema, sobre o combate ao racismo e da importância da data na promoção da igualdade racial.
"Uma das propostas da Pastoral é resgatar a cultura afro, apresentar para a Igreja isso, desconstruir as ideias negativas em relação a esse processo de construção e a partir daí, mostrar a população o que os negros têm produzido no teatro, na dança, na arte, na cultura, na música, no cinema. Então assim, há diversas imagens ou janelas apresentados para o negro poder participar, na Igreja e fora dela, quando há necessidade e a Pastoral ela tem espaço para todos", destacou José Roberto.
Para Maria Regina, a educação anti-racista é fundamental, mas a educação afro centrista também deve ser trabalhada, sempre ressaltando a importância dos negros na sociedade.
"Além da educação antirracista, a gente precisa tratar dos nossos com a educação afro centrista, porque a gente precisa falar com nosso povo preto sobre a sua importância dentro da sociedade brasileira. Muitas vezes o negro tem vergonha de ser negro, por isso devemos trabalhar essa educação. Ela já está sendo abordado e a gente já vê, através das meninas, principalmente das mulheres, esse empoderamento. Já estamos colhendo os frutos."
Indo de encontro com o que o Papa Francisco pede, que a Igreja converse com as pessoas, respeite a cultura e seja Sinodal, Padre Vanderlei falou sobre esse contexto diálogo de escuta permanente, de ir até o próximo também respeitando sua individualidade.
“O Sínodo que reflete sobre a sinodalidade parte do princípio de que o Espírito fala onde quer e como quer e, cabe a quem vai dinamizar o processo de evangelização, quem vai dinamizar a mensagem do Evangelho sendo levada, cabe a esta pessoa entender qual é a linguagem do Espírito, entender quais os apelos do Espírito, entender qual é o sopro de Deus a partir do grito do povo. É muito interessante essa imagem que o Papa nos traz no documento de preparação para o Sínodo de Romanos traz que é ouvir a Deus na voz, no grito do povo. Muda um pouco aquela imagem de que é um grupo de especialistas em Deus e um grupo de receptores passivos de Deus, não, Deus fala com a gente na nossa história porque Ele se encarnou o verbo, se fez carne habitar entre nós.”
Confira a entrevista na íntegra:
Semana da Consciência Negra destaca políticas públicas de igualdade racial
Claudinei Corrêa e Prof. Andréia Juliana debatem o assunto em segunda entrevista especial da semana.
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Edição destaca solicitação dos vereadores de Aparecida para a antecipação de verba para saúde.
Semana da Consciência Negra: Mara Celi fala sobre o tema Resistência
Nossa primeira convidada é com Mara Celi, presidente do Instituto Baobá, em Guaratinguetá, iniciativas que dão protagonismo à comunidade negra.
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