A instigante e inovadora música da Vanguarda Paulistana

Este termo identifica um movimento cultural ocorrido em São Paulo, de 1979 a 1985. O rótulo foi criado por jornalistas e críticos musicais da cidade, por seu aspecto de vanguarda, e como referência a um dos locais onde os experimentalistas apresentavam suas obras, o teatro Lira Paulistana, situado na Praça Benedito Calixto, bairro de Pinheiros.

O trabalho dessas bandas, cantores e cantoras tinha características muito distintas, mas eram unidos pelo desejo da novidade e busca de novos caminhos para a música brasileira. Como alguns deles eram alunos da escola de comunicação e artes da USP, e estudavam música erudita de vanguarda, o termo foi incorporado pela imprensa, apesar de os próprios músicos negarem o rótulo.

Os principais nomes do movimento foram o paranaense Arrigo Barnabé, o paulista Itamar Assumpção e os grupos Rumo, Premeditando o Breque e Língua de Trapo. Também as cantoras foram marcantes neste movimento, como Tetê Espíndola, e as paulistas Vânia Bastos, Ná Ozzetti e Eliete Negreiros.

Como não tocavam nas rádios, os trabalhos dos artistas da vanguarda paulistana eram divulgados e consumidos por um pequeno grupo de universitários e “descolados”. Os álbuns eram gravados de forma independente, e a distribuição era precária. Mesmo assim, foi um dos movimentos mais importantes da música brasileira, apoiado por nomes como Gal Costa e Caetano Veloso, e deixou suas marcas na obra das gerações seguintes.

Vamos conhecer a história desse movimento e ouvir a seleção desta música elaborada, instigante e inovadora!

:: Confira os demais podcasts musicais do Nosso Palco!