Quem escreve sobre o início do ‘dexismo’ precisa voltar aos primórdios da radiodifusão. O aparelho de rádio e as emissoras em seu início, na década de 1920 do século passado, não eram como hoje, quando ligamos o receptor e temos a nossa disposição dezenas de emissoras, transmitindo durante 24 horas.
Os aparelhos de rádio não dispunham de alto-falantes e para ouvir a emissora eram precisos fones de ouvidos; as emissoras transmitiam apenas algumas horas por dia.
Com poucas emissoras transmitindo, imaginem como era difícil ouvir rádio! Esse instrumento de comunicação que vem sendo condenado à morte desde o surgimento da TV, mas continua firme e forte.
Voltando ao nosso tema, o ‘dexismo’, ele nasceu nos primeiros anos da radiodifusão, quando captar e identificar uma estação era algo muito difícil, exigindo paciência para conseguir uma sintonia.
Desse verdadeiro garimpo no dial surgiu entre os escutas da época a sigla DX, em que “D” significa Distância e “X”, incógnita, o desconhecido. Isso significa que alguém deseja sintonizar uma emissora que está distante e ele não sabe de onde vem o sinal, onde está localizada.
A sigla DX é bastante utilizada pelos radioamadores significando um comunicado à longa distância, com estação de radioamador que pouco aparece nas faixas, por dificuldades de propagação ou outro motivo.
Apesar de o dexismo ser diferente do radioamadorismo, em alguns aspectos, há semelhanças, sendo bastante comum o uso de siglas e termos utilizados pelos radioamadores. Quando se fala em DX é imprescindível falar do radioescuta que, muitas vezes, também é um dexista. Este tema é polêmico no meio das pessoas que gostam de percorrer as ondas do rádio.
Mas em síntese, o dexista é aquele que gosta mesmo de captar emissoras que sejam de difícil sintonia e conseguir dessa mesma emissora uma confirmação. Essa confirmação é um verdadeiro troféu, conhecido como cartão QSL.
Já o radioescuta deseja ouvir rádio, mas não se limita às rádios locais, como as tradicionais AMs e FMs.
Procura sintonizar diferentes emissoras de rádio, entre as quais as que transmitem em ondas curtas em vários idiomas, como por exemplo a Rádio Internacional da China, Rádio França Internacional, entre outras, e curtir a programação.
Mas seja radioescuta, dexista ou simples ouvinte, o veículo é o velho e bom rádio que completou no Brasil em 2016, 94 anos da sua primeira transmissão.
Autor do artigo: Cassiano Macedo, produtor e apresentador do programa Encontro DX
:: Especial 30 anos do Encontro de DX: Saiba o que é ser um dexista
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