Em 7 de setembro de 2022 o Brasil completa 200 anos como um país independente. Foi nesta mesma data, no ano de 1822, que o país se tornou livre de Portugal. Para rememorar a data, o jornalismo da Rádio Aparecida preparou reportagens especiais para compreender o processo de Independência e como isso reflete nos dias atuais na população brasileira, chamado “Brasil: liberdade e soberania. A memória do bicentenário da independência".
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Os acontecimentos que anteciparam o Grito da Independência têm relação direta com a chegada da Família Real Portuguesa para o Brasil, em 1808, após as tropas francesas de Napoleão Bonaparte invadirem Portugal. Mais tarde, em 1815, o Brasil deixa de ser uma colônia. Foi nesta mesma época que a sociedade brasileira passa por grandes transformações.
Neste primeiro episódio, chamado "Brasil Pré-Independência", entendemos os motivos da insatisfação da presença de dona Maria e dom João VI no Brasil, para logo após Pedro de Alcântara, o Dom Pedro I, assumir como príncipe regente e culminar no "Dia do Fico", em 9 de janeiro de 1922.
Participam desse podcast:
Paulo Rezzutti, pesquisador, escritor e biógrafo Marcelo Suano, professor de Relações Internacionais e Direito no Ibmec Cristina Meneguello, coordenadora da Olimpíada Nacional em História do Brasil e professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp |
Escravidão e Independência
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Embora a Independência tenha sido proclamada em 1822, a escravidão só foi abolida no Brasil em 1888 e considerada uma das grandes contribuições para a queda do Império do Brasil no ano seguinte. Este foi o fato mais obscuro da história onde índios e, principalmente, negros eram tratados como animais e sem qualquer direito civil. Pessoas compravam e até alugavam escravos. A atividade era até anunciada em jornais do século 19:
Neste segundo episódio do especial, em que retrata a relação entre "Escravidão e Independência', entendemos que os escravos também tiveram papel importante no contexto da independência, com destaque inclusive às heroínas que lutaram neste processo, e que antes do grito de “Independência ou morte” a população escravizada no Brasil já lutava pela emancipação do país e pela sua própria liberdade.
Participam desse podcast:
Marina Galvanese, doutora em história social da Universidade de São Paulo Guilherme Soares Dias, pesquisador da História Negra e consultor em diversidade Raiane Gabrielle, historiadora e professora da rede estadual do Rio Grande do Norte Francisco Felipe Cunha Paz, doutorando em história pela UNICAMP e membro da Rede de Historiadores e Historiadoras Negros e da Associação Brasileira de Estudos Africanos |
Construção Histórica do 7 de setembro
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“Independência ou morte”.
Uma emancipação conquistada a duras penas e muito maior do que apenas um grito às margens do Rio Ipiranga. O cenário econômico naquele momento não era dos mais fáceis. O Brasil se encontrava em estagnação desde o final do século XVIII. Não foram somente os escravos que sofreram. A luta teve a participação de povos indígenas e também da Igreja Católica.
Preocupado com a situação do país à época, durante sua viagem com a comitiva a cavalo do Rio de Janeiro a São Paulo, Dom Pedro passou pelo Vale do Paraíba e aproveitou para visitar a capela da Santa onde, segundo os registros da época, se colocou em plena oração pedindo a intercessão de Nossa Senhora da Conceição.
“22 de agosto de 1822: Ao fazer suas preces, Dom Pedro prometeu que ao completar o processo da independência,
iria decretar Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil, além de consagrar a nação à Virgem Maria”.
Quinze dias depois, em 7 de setembro, em São Paulo, nascia o Brasil independente.
Entenda, no episódio "Construção Histórica do 7 de setembro", que essa não foi a única participação da Igreja. O clero tinha papel importante na organização do Estado e contribuiu ativa e significativamente para a independência do Brasil. A família real portuguesa tinha direitos e deveres sobre a igreja católica. Eles podiam, por exemplo, nomear bispos e padres e administrar o dizimo e que, a partir da independência, o Brasil começa sua organização como um país livre, mas não no que diz respeito aos pobres e indígenas.
Participam desse podcast:
Laurentino Gomes, jornalista, pesquisador brasileiro e escritor dos livros "1808", "1822", "1889", entre outros |
O 7 de setembro de 1822 não encerrou o processo de emancipação do Brasil. Muito pelo contrário, houve uma guerra de independência em regiões que se mantiveram leais a Portugal. Quatro principais províncias foram centros de resistência contra a independência do Brasil: Pará, Bahia, Maranhão e Cisplatina, que atualmente é o Uruguai. Os combates seguiram até 1824.
O quarto episódio do especial procura mostrar que o 7 de setembro, inicialmente, foi mais uma data simbólica do que de fato a data da independência do país. E, apesar de 200 anos terem se passado desde a independência, existem algumas características portuguesas que continuam enraizadas no Brasil.
Participam desse podcast:
Laurentino Gomes, jornalista, pesquisador brasileiro e escritor dos livros "1808", "1822", "1889", entre outros |
Em um mundo cada vez mais globalizado é difícil afirmar, mesmo depois de 200 anos, que exista uma independência total em nosso país. Economicamente o nosso país tem suas dependências, principalmente por oferecer ainda muito mais matéria prima do que produto final. Do ponto de visa político, o Brasil sempre sofreu interferências estrangeiras, seja nos modelos adotados, ou simplesmente na forma de se fazer política.
Neste último episódio, compreendemos que em termos de soberania territorial e até mesmo democrático, a independência política existe, mas quando analisado mais profundamente, podemos ter uma outra leitura da nossa tão sonhada República.
Participam desse podcast:
Igor Lucena, economista e especialista em Relações Internacionais Dr. Giovanni Alves, professor de sociologia e antropologia da Unesp em Marília Heródoto Barbeiro, jornalista |
Especial “Brasil: liberdade e soberania. A memória do bicentenário da independência" Ficha Técnica Produção do Jornalismo da Rede Aparecida de Rádio Estéfani Braz Trabalhos técnicos Marcos Prado |
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