A Ave-Maria é uma das orações mais queridas do povo católico. Entre todas as fórmulas de oração que temos, ela é a mais antiga das que são dirigidas a Nossa Senhora, nossa Mãe, Mãe de Jesus e Mãe da Igreja. Ela está na própria Bíblia, revelação de Deus, sendo completada pela tradição da Igreja e pelo Magistério.
🙏🏻 Ave Maria, cheia de graça!
Na Anunciação, o Anjo Gabriel saudou a Maria dizendo: “Ave, cheia de graça”. Maria foi a única que achou graça diante de Deus, porque foi a única “concebida sem o pecado original”. Nas aparições a Santa Catarina Labouré, na França, em 1830, ela pediu que fosse cunhada o que ficou sendo chamada de “Medalha milagrosa”. Em letras de ouro, Catarina viu escrita a bela frase: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!”.
O Senhor é convosco, disse-lhe o Arcanjo Gabriel. Maria tem uma intimidade profunda com Deus. Diz o Catecismo da Igreja Católica que “desde toda eternidade, Deus a escolheu, para ser a Mãe de seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré na Galileia, ‘uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria’ (Lc 1,26-27)”.
Ela é Filha do Pai, é a Mãe do Filho de Deus, e é a Esposa do Espírito Santo. Está em plena unidade com a Santíssima Trindade. Numa única mulher Deus tem Mãe, Filha e Esposa.
Foi assim que Santa Isabel saudou a Virgem Maria, “em alta voz” e “cheia do Espírito Santo”. E o menino João Batista estremeceu em seu seio. Isabel deixou claro porque Maria é “bendita entre todas as mulheres” ao perguntar: “Donde me vem a honra de vir a mim a Mãe do meu Senhor?” (v.43). E Isabel completa: “Bem-aventurada és tu que creste…” (v.44).
O bendito fruto do seu ventre é o próprio Deus, Filho de Deus, encarnado em seu seio virginal: Jesus. Ela é a Mãe de Deus. O Concílio de Niceia, em 431, confirmou a maternidade divina de Maria: (Theotókos). “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48), por isso a piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão.
A Igreja sempre nos ensinou: “Peça à Mãe que o Filho atende!”. O bom filho nada nega à sua mãe, por isso São Bernardo de Claraval, doutor da Igreja, chamava a Maria de “Onipotência suplicante”. Ela consegue tudo, por graça, o que Deus pode por natureza.
Nós, seres humanos limitados e fracos imploramos a Maria: “Rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte”. Nossa Senhora consegue do Rei os grandes benefícios àqueles que estão perto d’Ele, aqueles que têm intimidade com Ele. Quem mais do que Maria tem intimidade com Deus? A Mãe Santíssima diante do seu Filho roga por nós sem cessar.
A nossa Mãe roga por nós a cada momento, mesmo que não tenhamos consciência disso; ela protege especialmente aqueles que lhe são consagrados fervorosamente. De modo especial, defende-nos na hora da morte. Santo Afonso de Ligório afirmou que “o verdadeiro devoto de Maria nunca vai se perder”. Por isso, pedimos insistentemente que ela rogue por nós, sobretudo na hora decisiva de nossa morte para que alcancemos a graça da perseverança final.
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