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"Resistência e desafios dos dias atuais" é tema do Especial Consciência Negra

Escrito por Rádio Aparecida

18 NOV 2024 - 11H00 (Atualizada em 18 NOV 2024 - 15H01)

Krakenimages.com/shutterstock

A Rede Aparecida de Rádio continua com a série de entrevistas especiais pelo Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira, 20 de novembro. Hoje, nós conferimos uma entrevista sobre resistência e desafios dos dias atuais. 

Para refletir sobre o tema, a jornalista e analista política da CNN Brasil, Basília Rodrigues, uma mulher negra referência no nosso país quando se trata de análise política. Há mais de 17 anos, a brasiliense Basília atua na apuração, bastidores e análise política e do judiciário brasileiro.

A jornalista venceu o Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira 2024, como uma das três jornalistas negras mais admiradas do Brasil.

Dando início a entrevista, Basília comentou o que a motivou a seguir como analista política, mesmo em meio a um ambiente ainda é marcado pelo racismo e pelo conservadorismo. 

Youtube Rádio Aparecida
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“Tem uma frase muito comum entre nós do movimento negro que diz ‘não há opção de desistir’, então não é bem uma escolha sobre seguir ou não. Eu sinto mais como uma responsabilidade, como uma missão ‘não desistir’. Isso envolve muitas questões e ao longo da minha carreira, eu costumo dizer que ninguém sai de casa querendo ser referência ou ser alvo de racismo, então nesses 17 anos de carreira, o trabalho impôs várias situações polêmicas que poderiam me colocar na porta de saída, mas eu optei por ficar. O jornalismo em si, assim como tantas outras profissões, é uma carreira dominada por pessoas brancas, por pessoas elitizadas, por pessoas que estão numa outra escala de percepção e prestígio social que não é negra. Além de ser mulher e de ser negra, eu também venho da periferia de Brasília, então esse meu contexto é marcado também por outras vulnerabilidades, mas eu acho que a vontade ou a satisfação de vencer esses obstáculos, isso acabou sendo algo maior.”

A jornalista ainda falou sobre como lidou com as situações de discriminação ao desenvolver seu trabalho, como lidou com a situação e a importância do dia da Consciência negra diante desse mundo ainda racista.

“O racismo tenta distorcer sua própria compreensão sobre quem você é, o que você sabe, onde você pode chegar, então foi algo que eu trabalhei ao longo desses 17 anos, é importante você confiar em você e nos seus, para que não distorçam o seu jogo, para que não te canse das atividades e, literalmente, para que não te desmereçam, confundindo seus pensamentos e fazendo com que você peça para sair. A luta racial também não deveria ficar restrita a um único mês, é o mês para lembrar aquilo que infelizmente, diariamente, é esquecido, é banalizado pela população. É muito fácil o discurso antirracista, mas quero ver a prática. Essa posição é uma forma provocativa de fazer com que brancos e negros avaliam o que eles estão realmente fazendo contra este mal."

Assista à entrevista na íntegra:

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