Por Redação A12 Em Assembleia Geral CNBB

Celebração Ecumênica relembra 500 anos da Reforma Protestante

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Foto: Eduardo Gois/A12

A noite desta terça-feira, 2 de maio, na 55ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil foi marcada pela celebração ecumênica das Igrejas que fazem parte do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). Estiveram presentes representantes das Igrejas Católica Apostólica Romana, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia e Igreja Presbiteriana Unida.

Na celebração, o Bispo referencial para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso, Dom Francisco Biasin covidou o bispo primaz da Igreja Anglicana no Brasil, Francisco de Assis Silva, para proferir as reflexões.

Ele recordou momentos históricos da Reforma Protestante e da Reforma Luterana, classificou momentos cruciais na história para o desenvolvimento do diálogo entre as religiões, além de pontuar traços importantes naquilo que une às Igrejas Cristãs.

O bispo da Igreja Anglicana recordou que metade das guerras e conflitos não ocorreram por causa de Jesus, nem das escrituras, mas por causa de poder, o que gerou afastamento entre as religiões. Mas no século XX, passos importantes para o diálogo e a aproximação começaram a dar sinais, como, o Congresso de Edimburgo, em 1910, a criação do Conselho Mundial de Igreja e o Concílio Vaticano II. “Foram muito favoráveis e animadores. São movimentos que trouxeram luz, onde havia trevas, trouxeram coexistência generosa, onde antes havia disputa”, pontuou.

O bispo também fez um apelo as Igrejas presentes. “Hoje nós temos novos desafios que estão numa sociedade onde tudo se transforma rapidamente. Então precisamos maturar uma nova reforma juntos, porque hoje está virando moda as Igrejas da fé rápida, do consumo imediato e muita vezes não tão gratuito”, apela.

Precisamos continuar a caminhada ecumênica com a coragem para nos convertermos uns aos outros, principalmente aos pobres que estão tendo seus direitos arrancados, muitas vezes por representantes que se dizem cristãos. "O povo de Deus espera de nós um compromisso com a justiça e a verdade. Aprendamos juntos a redescobrir o poder de Cristo em nossas vidas e a termos coragem em nossas comunidades locais, a fazer o que esperam que a gente faça, que é revelar a face de Deus, que deu a sua vida pela justiça e pelo amor.

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