Neste primeiro dia da 61ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (AG CNBB) realizado no Santuário Nacional de Aparecida, aconteceu a Coletiva de Imprensa, com a presença de Dom Jaime Spengler, presidente da CNBB, e do Secretário de Estado Vaticano, cardeal Pietro Parolin.
Dom Jaime enfatizou em números a grandiosidade do evento e da CNBB.
“O Brasil é a maior Conferência Episcopal no mundo! Somos 486 bispos, e são poucas as conferências no mundo que tem um número como este! Como exemplo de quanto rapidamente a Conferência é enriquecida com novos membros.
Da última assembleia do ano passado até o dia de hoje, nós tivemos 20 novas nomeações para o Brasil! Esse é um número significativo.
Há países aí da América Latina, vizinhos nossos, que possuem 16 bispos ou 16 dioceses. Ou seja, é um desafio, mas, ao mesmo tempo, um privilégio conduzir uma assembleia com um número tão grande de bispos”.
O presidente da CNBB falou sobre o tema central da Assembleia nesse ano, a realidade da Igreja no Brasil e a atualização de suas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora.
“Estamos iniciando este trabalho de elaboração das Diretrizes, mas nós não vamos concluir [ainda], porque nós estamos também experimentando a celebração do Sínodo dos Bispos em Roma, que tem como tema central a Igreja propriamente dita no mundo de hoje.
Através dos princípios da comunhão, da participação e da missão, então nós precisamos, de alguma forma, também estar atentos àquilo que o Sínodo pode trazer para nós, a fim de propormos diretrizes para a igreja no Brasil, que correspondam àquilo que a Igreja no mundo está refletindo!
É claro que, nesse trabalho de elaboração das Diretrizes, nós também estamos muito atentos à nossa realidade social, econômica e política do Brasil e também à realidade eclesial da nossa Igreja”.
Cardeal Parolin, em sua declaração inicial na entrevista, disse que o conteúdo refletido na Assembleia terá como tema a Sinodalidade, sob os três substantivos: comunhão, participação e missão. Segundo ele, o caminho sinodal deve estar presente em todos os cristãos. Todos são chamados à missão, ao testemunho missionário.
“O objetivo de minha visita é pregar no retiro, e estou muito contente em me encontrar com os bispos. Muitos deles já havia encontrado na Visita Ad Limina, mas a nível regional, por essa ocasião me encontrei com eles”, recordou.
O cardeal também ficou impressionado com o número de bispos no Brasil e seu empenho na evangelização, um desafio diante da crescente secularização na América Latina, com um número crescente de pessoas que “vivem como se Deus não existisse”, ressaltando o papel destacado da religiosidade popular, considerando a coerência entre fé e vida como grande questão, o que mostra a importância do testemunho como um dos grandes temas da evangelização.
Para o Portal A12, o Secretário de Estado do Vaticano respondeu a respeito da “Escuta no Espírito” que os bispos irão realizar na Assembleia, e que poderá auxiliar em novas dinâmicas ou ideias para a Evangelização em nossas dioceses:
“Esta é a novidade trazida pelo Sínodo, que é justamente a conversação no Espírito. Antes de entrar nos debates dos temas da Assembleia, então, é necessário escutar o Espírito Santo. E isso se deu justamente em Roma e está se espalhando por toda a Igreja. Esta metodologia do escutar a voz do Espírito, diante das novas tecnologias. Os católicos são chamados a estes novos areópagos, aquilo que Paulo fez. Também temos que anunciar o Evangelho desta maneira”, disse, ressaltando a intenção da Igreja em abrir novos espaços de escuta e participação, inclusive dos leigos.
Dom Jaime Spengler, ao concordar com o Cardeal Parolin, enfatizou que este método de conversa faz parte da história da nossa fé católica:
“Certamente, nesse contexto de Brasil, com esse grande número de bispos, devemos promover espaços de diálogo, onde todos possam verdadeiramente se expressar e a partir dali, um escutando o outro, e colher indicações de consenso em vista da obra da evangelização. Eu creio que isso é fundamental. Certamente é uma metodologia, eu diria assim, “nova”, porque a história da Igreja está marcada por essa necessidade de escutar! Nossas assembleias e sínodos são sempre espaços de escuta. A metodologia que o sínodo propôs agora intensificou ainda mais esta dimensão fundamental em qualquer espaço social. Aprender a nos escutar uns aos outros e buscar consensos”.
Respondendo à pergunta da jornalista Camila Morais, da TV Aparecida, o secretário vaticano informou o tema do Retiro dos bispos, que tem início nesta quarta-feira (10), estendendo-se até esta quinta-feira (11), em todas as sessões.
“O tema do retiro será 'O Caminho Sinodal', em sintonia ao Sínodo, que terá seu término em outubro deste ano, articulado em três palavras importantes que o Santo Padre sempre nos fala: comunhão, participação e missão. Eu penso que este caminho é uma obrigação, um tema para todos os cristãos, que acordem para estes três temas, ou seja, todos são chamados a isso! A imprensa também é, de fato, o caminho para isso, para esta evangelização da esperança e da vida”.
Assista à Coletiva dos Bispos, na manhã desta quarta-feira (10):
.:: Acesse a12.com/cnbb e fique por dentro de tudo o que acontece na a 61ª Assembleia Geral da CNBB
Como viver o Natal em tempos de redes sociais?
Em tempos digitais, desconectar das redes sociais no Natal nos ajuda a reconectar com o verdadeiro espírito da celebração e fortalecer a fé e comunhão.
Natal é tempo de presentear: Qual presente dar para Jesus?
Com a chegada do Natal, somos convidados a refletir sobre o verdadeiro presente que podemos oferecer a Jesus: um coração disposto a amá-lo e segui-lo.
Tradições do Natal e a Idade Média
Descubra como tradições natalinas, como festas e decorações, nasceram na Idade Média e moldaram costumes que seguimos até hoje.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.