Nesta sexta-feira (19), os membros da presidência da CNBB conduziram as últimas sessões da 61ª Assembleia Geral da CNBB e a cerimônia de encerramento. Leia MaisAssembleia Geral da CNBB chega ao décimo e último dia de programaçãoPresidente da CNBB pede para bispos “caminharem pelo homem”
Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, disse que a partir de agora se inicia uma etapa onde serão compartilhadas e desenvolvidas todas as experiências vividas, e expressou seu agradecimento.
“Gostaria de reconhecer a dedicação e o empenho em promover, por meio do engajamento cotidiano, a comunhão entre nós. Diferenças são normais, enriquecedoras, necessárias… Agradecer a dedicação e empenho de muitos, alguns dos colaboradores eram talvez mais percebidos, no entanto, um grande número trabalhou com discrição.”
O arcebispo agradeceu também a Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida (SP), à comunidade dos Missionários Redentoristas e o privilégio de viver e celebrar a Assembleia na Casa da Mãe Aparecida, assim como o serviço prestado pelo Santuário Nacional.
Dom Jaime mencionou algumas dimensões que caracterizam “a vida” na Assembleia Geral:
“A dimensão pastoral — quanto empenho das distintas comissões episcopais, na construção de indicações viáveis e necessárias para a promoção da obra da evangelização, de norte a sul e leste a oeste do nosso Brasil.”
Falou também sobre a dimensão humana, comunhão fraterna, celebrações, retiro e dimensão intelectual.
Nesse sentido, Dom João Justino, primeiro vice-presidente CNBB, disse ter sido um ano de aprendizado e se dirigiu ao episcopado:
“Dom Jaime tinha participado da presidência anterior. Naturalmente, veio com essa experiência, junto a vocês aplicando um novo estatuto e um novo regimento, que foi fruto e trabalho da presidência anterior. Certamente, isso pede de nós mais atenção e mais cuidado. Aqui e ali pode haver alguma falha, mas na caridade superamos as nossas dificuldades.”
Dom João mencionou que a Assembleia Geral é uma expressão muito bonita da vitalidade da Igreja no Brasil, uma experiência muito concreta da sinodalidade.
“Uma palavra que ganhou grande espaço nos últimos anos a partir das insistências do Papa Francisco, mas, se aprofundarmos, vamos percebendo que a sinodalidade era algo já praticado na Igreja do Brasil. A Conferência dos Bispos é o lugar mais forte dessa sinodalidade: são 71 anos dessa história muito bonita, em que a Igreja no Brasil encontrou esse caminho para na comunhão dos seus bispos pensarem juntos, fortalecer uns aos outros.”
O arcebispo explicou que no núcleo da sinodalidade está a experiência da escuta e dela provém o aprendizado exercitado ao longo desses 10 dias. “Creio que esse é um caminho que fortalecido vai dando pouco frutos, frutos para o reino.”
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