Caos: os males das eleições e o medo social

Estamos passando por um período caótico no Brasil, onde as eleições, que deveriam ser um período calmo e tranquilo, transforam-se num caos psicológico para todo o povo. De um lado vemos o medo de um "pseudocomunismo” erguer-se no País e, de outro lado, o medo de um ultranacionalismo de direita continuar a alavancar males sociais como o racismo e a xenofobia. Uma teoria liberal e uma teoria populista, ambas estão levando a uma ruptura total da ordem social no País.

Ouvimos em propagandas que "o partido de esquerda trará um 'pseudocomunismo' para o Brasil" e, a partir daí, "ocorrerá o fechamento de templos religiosos, uma campanha pró-aborto, legalização das drogas". Sabemos, a partir do estudo histórico, que o comunismo como conhecemos (China, URSS, Coréia do Norte, Cuba, etc.) nunca se instalou no Brasil.

Não cabe à mentalidade do brasileiro o fechamento de templos religiosos, pelo fato de que, no Brasil, a liberdade religiosa é clausula pétrea da Constituição Federal. Quanto à questão do aborto e da legalização das drogas, cabe um debate para que sejam levadas em conta as diversas opiniões da sociedade, também considerando a laicidade do Estado.

Leia Mais"É preciso vencer os dragões do ódio e da mentira!"As faces brasileiras reveladas nas eleiçõesConhecereis a verdade... qual verdade?Esquerda e Direita: As escolhas que fazemos e suas consequênciasPor outro lado, vemos a acusação, por parte de um ultranacionalismo e idolatria política, que imputa ao adversário diversos outros crimes, mas não observa que são estes fanáticos que estão fechando templos religiosos, interrompendo missas, celebrações religiosas, com um discurso forjado e sem base, levando a um medo social extremo. A utilização da religião para alavancar votos tornou-se uma realidade escancarada dentro do País.

Logo, o caos na sociedade está causando uma tortura psicológica no povo. O medo e a angústia estão causando o rompimento da ordem social em todo o Brasil e, com isso, a sociedade rompe com tudo aquilo que foi construído ao longo das décadas passadas.

Precisamos ter calma em tempos difíceis, para que as decisões tomadas não sejam causa de remorso no futuro. Devemos ter em mente que as decisões tomadas com os nervos à flor da pele futuramente serão julgadas pela história.

A responsabilidade pelo futuro do País cabe a cada brasileiro, que não pode se deixar levar por medos e desconfianças de um passado vencido.