A falta de espaços para brincar, a presença dos jogos eletrônicos no cotidiano infantil e o consumismo desenfreado. Estas são algumas das preocupações dos pais quando o assunto é ‘o ato de brincar’
Alinhado na mesma perspectiva, a Pastoral da Criança, em sintonia com o Museu da Vida, atua no atendimento às necessidades básicas da criança e condições para seu desenvolvimento.
O ato de ‘brincar’, segundo a assessora técnica da coordenação nacional da Pastoral da Criança, na área de desenvolvimento infantil e coordenadora do Museu da Vida, Ir. Veroni Medeiros, é uma necessidade para o desenvolvimento da criança, sendo assim, é um direito assegurado pelo Estatuto da Criança e Adolescente, no artigo nº 16.
“A maioria das pessoas pensa que a criança brinca apenas para se distrair e ter prazer, mas a brincadeira é uma necessidade. De acordo com a idade da criança, a brincadeira evolui e a própria relação da criança com o adulto se modifica”, afirmou.
“Na brincadeira de faz de conta, a criança também começa a querer fazer muitas coisas sozinhas, inclusive o que não pode e os adultos são obrigados a lhe dar limites. Para aprender a aceitar os limites, ela então faz, na brincadeira, aquilo que lhe é proibido. Nessa brincadeira a criança experiencia e assume o papel do adulto, lida com a ausência dos pais, elabora as frustrações e estabelece relações com valores e costumes de sua família e do lugar onde vive”.
Reforçando a ideia de que o ‘livre brincar’ é uma necessidade para o desenvolvimento infantil, Ir. Veroni alerta que em nossa sociedade vêm diminuindo as oportunidades para as crianças brincarem juntas e ao ar livre.
Foto de: Pastoral da Criança/Museu da Vida
No Museu da Vida, a criança pode visitar a Rua do Brincar, espaço a céu aberto dedicado às brincadeiras
livres e coletivas.
“Enquanto adultos, temos a responsabilidade de promover e defender este direito das crianças. Por isso, estamos falando aqui de um brincar livre, criativo, num espaço que ofereça segurança. Para as crianças não são necessários muitos brinquedos, mas sim de oportunidade para que ela possa brincar de muitas maneiras”.
A responsável pela ação ‘Brinquedos e Brincadeiras’ e assessora técnica da coordenação nacional da Pastoral da Criança, Érica Ana Hobold, acredita que o ideal é que as crianças possam brincar em espaços livres e seguros, favorecendo momentos de encontros em que as famílias possam interagir e brincarem com seus filhos. “Os pais precisam valorizar as brincadeiras das crianças como algo que favorece seu desenvolvimento”.
Mas a especialista alerta que os pais precisam evitar colocar a brincadeira dos filhos de forma impositiva. É preciso os deixar brincarem livremente.
Para quem acredita que comprar muitos brinquedos para as crianças resolve a questão, Érica Hobold recomenda que a melhor opção é brincar com os filhos e motivar a organização das comunidades para momentos especiais de brincadeiras entre as crianças, relembrando os jogos e as brincadeiras antigas como: pular corda, jogar peteca, amarelinha, jogar bola, entre outros.
“Os pais precisam encontrar tempo para brincar com seus filhos. Atualmente os adultos têm pouco tempo para estar com os filhos e uma das questões importantes que a Pastoral da Criança e o Museu da Vida resgatam é a possibilidade de pais e filhos brincarem juntos”, afirmou.
As assessoras técnicas das coordenação nacional da Pastoral da Criança, Ir. Veroni Medeiros e Érica Hobold listaram alguns dos benefícios que as brincadeiras saudáveis trazem para as crianças. Confira:
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