O dinheiro, um dos principais modos de adquirir bens, tem uma história, evolução e importância na vida da sociedade e das pessoas. Desde que surgiu, o dinheiro tem a capacidade de controlar ou manipular a vida do ser humano. Desde os tempos antigos, o dinheiro tem tido um papel de destaque na vida das pessoas.
O comércio provocou o surgimento do dinheiro em formatos diferentes até que a moeda confeccionada em metal e, depois, o dinheiro em papel fosse inventado. Ao longo da história, os seres humanos usaram meios distintos como conchas, peças de metal precioso estampadas, cereais e até mesmo o sal para facilitar o processo de comercialização.
Leia MaisCatólico pode investir dinheiro?A princípio, o comércio era feito na base da troca, com diversas complicações. A invenção do dinheiro facilitou a compra e venda de mercadorias, porque quando se tratava de grandes quantidades, a troca pura e simples era praticamente inviável.
Nos primeiros tempos as pessoas trocavam apenas o excedente da sua produção, mas aos poucos o comércio a curta e longa distância foi se configurando como uma das principais atividades econômicas do ser humano, provocando o surgimento do dinheiro em formatos diferentes.
Por volta de 4,5 mil anos antes de Cristo, a Revolução do Neolítico e o processo de urbanização já estavam consolidados e alguns povos se especializavam como comerciantes. Neste tempo foi introduzida a primeira forma de dinheiro do mundo na Mesopotâmia, sobre a primeira há uma menção sobre o dinheiro em alguns escritos. Como está registrado em tabuinhas na linguagem cuneiforme, a prata pura foi o primeiro pagamento padronizado. Existia uma espécie de varetas que eram cortadas e pesadas quando um negócio estava pronto para implementação.
A invenção das tabuinhas cuneiformes, longínquas antecessoras dos cadernos e calculadoras serviu para facilitar a contabilidade do crescente número de transações comerciais favorecendo o seu registro e controle.
No Extremo Oriente, por volta de 3,5 mil anos antes de Cristo a China já usava diversos materiais como ouro, prata, cobre e as conhecidas conchinhas de búzios como meio de trocas e pagamentos.
Conforme o sistema de escrita chinês foi sendo aperfeiçoado passou a utilizar também o símbolo da concha como símbolo de dinheiro, tanto assim que elas foram transformadas em caracteres que incluíam termos como comprar, vender ou permuta.
As conchas foram usadas também em algumas regiões da África, como Uganda e conforme as viagens marítimas foram se tornando mais comuns e a atividade comercial mais desenvolvida, mais e mais conchas entravam em circulação e, consequentemente, o seu valor diminuía, aparecendo o problema que hoje é o terror daqueles que planejam a economia de um país: a inflação. Quanto mais dinheiro havia em circulação, menor se tornava o seu valor.
Em algumas civilizações antigas outra forma de pagamento bem comum era o cereal, sobretudo o trigo. O salário mensal de um trabalhador, por exemplo, equivalia a cerca de 200 kg de trigo e também era usado como meio de permuta para se conseguir outros bens necessários.
Entre os egípcios, que eram hábeis comerciantes, os cereais podiam ser usados para receber, vender ou emprestar. Para estimular o comércio, foram construídas uma rede pública de depósitos de cereais. Todos conhecemos bem a história bíblica da fuga de José para o Egito e o poder que ele adquiriu ao se tornar o administrador desses depósitos do faraó.
Por esta razão, o comércio de trigo e outros cereais menos valorizados era rigidamente controlado pelo faraó e por seus administradores, pois desta forma se garantia a estabilidade do país, e o império conseguia os recursos necessários para se manter, bancar suas obras e sustentar seus exércitos.
No período da Idade do Ferro, na Ásia Ocidental Menor, o Reino de Lídia já era considerado um dos mais ricos da antiguidade. Sua área de domínio abrangia a metade da atual Turquia e partes da Europa. Foi nesse reino que se substituiu as varetas de prata, conchas, cereais e outros materiais usados como dinheiro por moedas cunhadas em metal.
O dinheiro da Lídia inspirou a posterior fabricação de moedas na Europa e no Médio Oriente. Quando chegamos aos Tempos Modernos, as moedas que já eram usadas em larga escala na Europa, através das nações coloniais, como Portugal e Espanha se espalharam pelo mundo e, aqui na América Latina, mudariam completamente a forma de comercializar e organizar a economia. Os Povos Originários das Américas não conheciam e nem praticavam a economia monetária.
Por volta de 640 a.C., os reis da Lídia foram os primeiros a cunhar moedas com peso e tamanho definidos, marcando as moedas com suas siglas para garantir a autenticidade do metal. Mais tarde, sobretudo, no Império Romano cresceria o costume de se estampar efígies de personalidades nas moedas que então ganham “cara e coroa”.
Aos poucos, na Idade Média e Moderna, os bancos e as casas da moeda dos diversos países fazem reservas de ouro e prata e começam a converter o metal em moedas padrão, dando-lhes forma, peso e finura especificados.
As moedas revolucionaram o comércio porque os comerciantes lídios já não precisavam dedicar o seu precioso tempo para pesar as mercadorias e materiais usados como dinheiro, sendo muito mais fácil levar uma bolsa de moedas suficientes para comprar aquilo de que se precisava.
Não demoraria para que o dinheiro passasse a circular também em notas feitas de papel ou plástico, com validade e valor também regulados pelo Banco Central de cada país. O surgimento das bolsas de valores faz com que o dinheiro em espécie se torne desnecessário e, ao chegarmos aos nossos dias, começa a ocorrer uma verdadeira revolução com a substituição da moeda feita em metal ou do papel-moeda pelo dinheiro eletrônico. Neste processo, alguns países já começam a reduzir drasticamente a circulação do papel-moeda que num futuro não muito distante desaparecerá completamente, virando peça de museu.
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