Podemos afirmar, sem medo de errar, que educar, é sem dúvida, a mais desafiadora ação humana. O grande Filósofo Kant, em sua obra “Sobre a Pedagogia” afirmou: "Tornar-se melhor, educar-se e, se é mau, produzir em si a moralidade: eis o dever do homem. A educação, portanto, é o maior e o mais árduo problema que pode ser proposto aos homens (2006, p.20)".
Incontestável afirmação, não é mesmo? As consequências da ausência de educação para o bem estão espalhadas por toda sociedade. Quando a educação para o bem esmorece, a educação para o mal ganha força. Somos, ao mesmo tempo, causas e efeitos dessa realidade.
Somos causa, quando não assumimos com determinação e compromisso nossa missão educativa. São muitas as possibilidades, desde as intensas às corriqueiras. Como afirma Brandão em seu livro "O que é Educação": "Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação (1981, os 8-9)".
Leia MaisA escola é, sim, lugar da família!Integração entre políticas sociais e educacionais para melhorar o BrasilEnem: ingredientes que a Escola omitiuEducar o cidadão: a cidadania da reta consciência para o bem comumSomos efeito quando atingidos, de todas as formas, pelo mal causado pela ausência da educação para o bem. Não precisamos fazer muito esforço para constatarmos os sinais, já visíveis por todos os lados.
Não tenhamos medo de educar para o bem. Família, professores, sacerdotes, catequistas, comunicadores, escritores, todos os homens e mulheres de boa vontade, lembremos do que disse Jesus: "Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” (Mt 28,20).
A Igreja tem refletido sobre a Educação em muitos de seus documentos. Papa Bento XVI, na Carta sobre a tarefa urgente da formação das novas gerações (2008) destaca a “emergência educativa”:
"Não podemos deixar de ser solícitos pela formação das novas gerações, pela sua capacidade de se orientar na vida e discernir o bem do mal, pela sua saúde não só física, mas também moral. (...) educar nunca foi fácil, e hoje parece tornar-se sempre mais difícil. (...) Fala-se por isso de uma grande "emergência educativa", confirmada pelos insucessos com os quais com muita frequência se confrontam os nossos esforços para formar pessoas sólidas, capazes de colaborar com os outros e dar um sentido à própria vida".
A Igreja nos chama a refletir e a enfrentar os grandes desafios de educar neste contexto histórico que nos embaraça, nos desestabiliza e nos faz acreditar e defender o relativismo como princípio democrático, sem que percebamos a força devastadora do mesmo. Não percamos nenhuma chance de educar para o bem, nem naquelas oportunidades que pareçam minúsculas.
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