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Você sabe as competências e importância de um prefeito?

Entender o trabalho do representante de seu município como poder executivo ajudará a escolher bem seu voto

Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.

Escrito por Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

24 SET 2024 - 08H44 (Atualizada em 24 SET 2024 - 11H03)

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O mês de outubro está se aproximando e nele teremos a oportunidade, depois de quatro anos, de exercermos o nosso compromisso democrático, ajudando a eleger aquele que vai, em nosso nome, administrar o município onde vivemos.

Com a proximidade das eleições, é comum surgirem dúvidas sobre os cargos que fazem parte da disputa eleitoral e, para resolver essas dúvidas, precisamos conhecer a forma como se organizam os poderes em nosso país.

Entre nós, deixando-se reger pela Constituição Federal, cada categoria de poder político possui seu campo de atuação, porque na organização da República brasileira, o Estado se divide em três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Regiane_Ferraz/shutterstock
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O prefeito é, em nível municipal, o chefe do Poder Executivo, se responsabilizando pela administração da cidade, da área rural e de algum distrito que possa existir no município onde exercerá as suas funções. No Poder Executivo, como o próprio nome já diz, quem o exerce tem a competência de executar, fiscalizar e gerir as leis de um município, correspondendo àquilo que o governador realiza em nível estadual e o Presidente da República em nível federal.

Leia MaisComo o católico deve escolher seu candidato nas eleições municipais? Importância do voto consciente nas EleiçõesSendo assim, essa escala do poder decide e propõe planos de ação de administração e de fiscalização de diversos programas como o social, educação, cultura, saúde, infraestrutura a fim de garantir qualidade e a eficácia dos mesmos.

Os organismos que cooperam com o Presidente da República em nível federal têm uma correspondência no nível estadual e, em grau menor, no nível municipal.

Dependendo do tamanho e da situação de um município, a complexidade da administração exige uma organização maior ou menor de organismos e de políticas públicas, dependentes também do orçamento que um prefeito possuiu para administrar.

Competência para administrar a “Coisa Pública”

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Conforme as competências que são previstas na lei maior que rege um município, chamada de Lei Orgânica, existem alguns serviços que são específicos de uma prefeitura, como o cuidado do sistema de transporte público, a limpeza e iluminação urbana e os serviços de saúde, que devem levar à manutenção de ambulâncias, postos de saúde e seus equipamentos.

Outras competências de um prefeito municipal levam-no a se responsabilizar pelas creches e pré-escolas do Ensino Fundamental. No campo da segurança humana e patrimonial vem a formação e manutenção da guarda municipal. Como os prefeitos não administram sozinhos, contam com o auxílio de outras esferas políticas para a melhoria de qualidade de vida dos cidadãos e também a possibilidade de financiamento de projetos importantes. Para isso, devem firmar parcerias com o governador, deputados estaduais e federais ou senadores para tais atividades.

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É muito importante lembrar que todo município deve ter um plano de desenvolvimento, sendo dever do prefeito seguir e colocá-lo em prática, com o objetivo de beneficiar a vinda e instalação de novas empresas no município, e com isso, possibilitar a geração de novos empregos tão necessários para a população.

A relação do prefeito com os vereadores

Engana-se quem pensa que ser prefeito é ter poder absoluto e que ele governa sozinho. Na verdade, o prefeito também segue as leis municipais, sendo fiscalizado constantemente pela Câmara Municipal.

Ter o apoio da Câmara Municipal é necessário, sendo de grande importância o entendimento, porque o prefeito tem o poder de vetar leis, como também de propor a criação de novas leis, que serão analisadas pela câmara e sociedade.

O prefeito também deve, por um lado, cumprir com rigor as leis que são aprovadas pela Câmara Municipal, e por outro, elaborar a Lei Orçamentária anual, submetendo-a à Câmara dos Vereadores, que tem o poder de alterar, caso seja necessário.

Tsuguliev / Shutterstock
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No seu ofício de administração, um prefeito se rodeia de um quadro de pessoas que se ligam a ele na administração, começando pelos funcionários públicos, dos quais a maioria são de carreira, por serem concursados; e depois vêm os assessores e secretários, que são escolhidos diretamente pelo prefeito por serem “cargos de confiança”.

É válido lembrar que, ao votar em um prefeito, o eleitor aceita que ele monte também a equipe que trabalhará lado a lado com ele, administrando o município. Cada função arca com sua responsabilidade, cuidando do sistema educacional, sistema de saúde, recursos municipais e outros.

Assim como acontece no âmbito federal, na maioria das vezes os secretários e assessores são indicados através de barganhas políticas. Porém, quanto mais “azeitada” for a máquina de governo e quanto maior for o controle que um prefeito tiver sobre o corpo de funcionários que serve à municipalidade, melhor será a administração dos recursos do município e mais qualidade terão os munícipes.

Como se pode perceber, os secretários são responsáveis pelos trabalhos da máquina pública municipal, estabelecendo metas e prioridades a serem cumpridas. É muito importante que os eleitores acompanhem a administração municipal depois da eleição, cobrando da administração não benefícios pessoais para si, mas cuidando que a educação, saúde, segurança, habitação, saneamento Básico, transporte e outros setores vitais de um município sejam, de fato, prioritários recebendo atenção.

Um eleitor não pode deixar de cumprir seu papel de forma consciente e responsável. E é sempre bom lembrar: não tem como implantar as políticas que nós acreditamos, sem colocar representantes que confiamos para lutar por elas.

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Escrito por
Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.
Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

Missionário redentorista graduado em História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma, já trabalha nessa área há muitos anos, tendo lecionado em diversos institutos. Atuou na área de comunicação, sendo responsável pela comunicação institucional e missionária da antiga Província Redentorista de São Paulo, tendo sido também diretor da Rádio Aparecida.

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