O Papa Francisco e o Cardeal Pietro Parolin destacam o valor dos diferentes idiomas na promoção da paz e da compreensão global. Em sua mensagem, o Papa elogia a Unesco por apoiar a diversidade linguística, ressaltando que pessoas que falam vários idiomas são “construtores de pontes”, capazes de superar preconceitos e antagonismos para fomentar o diálogo e a paz.
Ele enfatiza que falar a língua do coração do outro, como destacou Nelson Mandela, é essencial para estabelecer conexões profundas e verdadeiras. O Cardeal reforça a importância de encorajar a aprendizagem de múltiplos idiomas para criar líderes que possam promover a fraternidade e a solidariedade e, assim, construir uma sociedade mais unida e pacífica.
O Cardeal Parolin afirma que “as pessoas poliglotas são frequentemente procuradas porque, além da sua capacidade de compreender e falar vários idiomas, geralmente demonstram melhores habilidades analíticas, uma maior facilidade de comunicação e de socialização, bem como melhores aptidões cognitivas”.
Para ele, o aprendizado de múltiplos idiomas capacita os indivíduos a apreciar e respeitar diferentes culturas, essencial para uma evangelização eficaz e inclusiva.
O Cardeal também destaca que ajudar as pessoas a aprender mais idiomas é oferecer à humanidade “construtores de pontes” que priorizam o diálogo e a fraternidade. Assim, os diversos idiomas se tornam uma ferramenta essencial para promover a paz e a compreensão mútua, fundamentais para a missão evangelizadora da Igreja.
Documentos importantes do Concílio Vaticano II, como “Dei Verbum” e “Sacrosanctum Concilium”, mostram a importância de traduzir as Escrituras e adaptar as celebrações litúrgicas para a línguas do povo. Isso ajuda a tornar a mensagem de Deus mais próxima e compreensível para todos.
O Papa São João Paulo II, em “Redemptoris Missio”, também destacou que respeitar e incorporar as culturas e línguas locais é fundamental para uma evangelização eficaz.
Da mesma forma, o Papa Paulo VI, em “Evangelii Nuntiandi”, falou sobre a necessidade de adaptar a evangelização às realidades e línguas das diferentes culturas.
João Paulo II também escreveu em “Catechesi Tradendae” (1979) que a catequese, ou o ensino da fé, deve respeitar as culturas e usar as línguas locais para alcançar melhor as pessoas.
Em “Fides et Ratio” (1998), ele ainda fala sobre como a linguagem e a cultura são importantes para comunicar a verdade cristã, além de discutir fé e razão.
Além disso, o site do Vaticano é traduzido para vários idiomas, como inglês, espanhol, francês e italiano, justamente porque essas são as línguas faladas por muitas pessoas ao redor do mundo.
A ideia é alcançar o maior número possível de pessoas e tornar a mensagem da Igreja acessível para todos, não importa onde estejam. Assim, mais fiéis podem conhecer e se conectar com a palavra de Deus, ajudando na missão de evangelização global.
Fonte: Vatican News
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