Comunicação

Inteligência artificial: para o bem ou para o mal?

Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.

Escrito por Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

12 MAI 2023 - 14H02 (Atualizada em 25 ABR 2024 - 16H23)

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Depois disso, ao invés de usar 10% do seu cérebro, como os demais seres humanos, ela consegue desenvolver as partes que até então não estavam ativadas. E passa a realizar façanhas com o poder do pensamento. Para ela não há mais limite de tempo e de espaço.

Existe uma afirmação de que nós, seres humanos 'normais', não usamos mais do que 10% de nosso cérebro. E sempre nos perguntamos se um dia chegaremos a usar a totalidade de nosso cérebro ou de nossa inteligência.

Segundo os dicionários mais gabaritados, inteligência é a capacidade de conhecer, compreender e aprender, levando a pessoa a adaptar-se a novas situações. Ao longo da história, o conceito de inteligência foi sendo completado e hoje é definido de diferentes formas.

Estudiosos afirmam que uma pessoa é dotada de 09 tipos diferentes de inteligência, sendo uma delas a emocional. A inteligência pode ser usada de diferentes formas, compreendida como uma das principais distinções entre os seres humanos e os outros animais.

O que é a Inteligência Artificial?

Hoje muito se fala sobre a Inteligência Artificial ou I.A, como aparece na mídia. Esse é um ramo de estudo da ciência da computação que se ocupa em desenvolver mecanismos e dispositivos tecnológicos (softwares) que consigam simular o sistema de raciocínio cerebral dos seres humanos, transferindo as funções humanas para as máquinas.

As pesquisas relacionadas com a inteligência artificial começaram há mais tempo e já mostram avanços e resultados significativos, mas ainda falta muito para que máquinas atinjam o conceito mais próximo do que seria a inteligência humana.

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O grande medo, porém, mesmo parecendo coisa meio futurística, é que
um dia as máquinas venham substituir os seres humanos total ou parcialmente em muitas de suas atividades. Preocupa também o uso que os seres humanos poderão fazer da inteligência artificial, pois ela pode ser usada tanto para o bem como para o mal.

O certo é que o uso cada vez mais intenso da I.A poderá levar à modernização de muitos processos nas organizações, otimizando diversas atividades do dia a dia.

Será preciso um Marco Regulatório?

No atual contexto de pesquisas e desenvolvimento, como o avanço do ChatGPT, uma das questões que está sendo levantada e que precisa ser levada em consideração é sobre a moralidade no uso da I.A. Existem questões morais preocupantes com a possível “domesticação” dos seres humanos, os riscos na sua “obsolescência” e se a Inteligência Artificial poderá tomar decisões em seu lugar.

A centralidade da pessoa e o seu bem-estar precisam estar acima de qualquer interesse, inclusive o econômico, porque isso sempre vem em primeiro lugar.

Pelo fato de haver muitas dúvidas sobre a moralidade no uso dos recursos da I.A., alguns especialistas pedem a interrupção das pesquisas para que se possa pensar na criação de mecanismos de regulamentação, fiscalização e controle na sua utilização.

Há um projeto em debate no Senado Federal para regulamentar a inteligência artificial no Brasil. Se aprovado, o texto que foi elaborado por uma comissão de juristas estabelecerá os direitos para pessoas afetadas pela IA, além de definir parâmetros de supervisão e fiscalização da tecnologia, tendo como parâmetros o respeito aos direitos humanos, à privacidade e aos valores democráticos.

Como tudo é novo, há de se ter mais cuidado no desenvolvimento e aplicação da IA, prevendo inclusive normas de avaliação de riscos e formas de se responsabilizar e punir alguma infração.

Mas a Inteligência artificial já é uma realidade e precisamos aprender a conviver com ela! 

Escrito por:
Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.
Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

Missionário redentorista graduado em História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma, já trabalha nessa área há muitos anos, tendo lecionado em diversos institutos. Atuou na área de comunicação, sendo responsável pela comunicação institucional e missionária da antiga Província Redentorista de São Paulo, tendo sido também diretor da Rádio Aparecida.

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