Comunicação

O desafio de ser missionário no ambiente digital

A Igreja Católica enfrenta desafios na era digital e se preocupa com influenciadores religiosos

Escrito por Rhanna Felicio

29 AGO 2024 - 15H15 (Atualizada em 03 SET 2024 - 12H31)

Shutterstock/Daniel Jedzura

Sob o pontificado do Papa Francisco, a Igreja Católica se movimenta como uma “Igreja em Saída”, guiada pelo Espírito Santo, e reforça seu compromisso com a missão e a sinodalidade no século XXI.

Aí você se pergunta: O que é sinodalidade de forma simples? É, justamente, caminhar um ao lado do outro, e Igreja em Saída é, justamente, não evangelizar somente dentro de sua comunidade, mas em todo lugar que você vá, leve sempre a Palavra de Deus. Podemos usar a metáfora de que você é como um pastor em busca de ovelhas para a evangelização.

Agora associando a tecnologia, não podemos deixar de perceber o quanto a internet vem dominando cada vez mais espaço e se tornando o principal veículo de comunicação. E com isso, a Igreja é chamada a pensar com cuidado sobre como evangelizar nesse novo cenário, mantendo-se fiel à missão de Cristo.

Reconhecer a relevância do ambiente digital é algo extremamente necessário, e a Igreja vem destacando isso em documentos e orientações como o Decreto Inter Mirifica e a Encíclica Redemptoris Missio.

Esses textos trazem a importância dos meios de comunicação social na unificação da humanidade e na difusão da fé, incentivando a Igreja a se envolver ativamente na Pastoral da Comunicação e a compreender todas as transformações culturais que o mundo digital traz.

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O surgimento dos influenciadores digitais católicos trouxe uma nova dinâmica ao ambiente religioso on-line, mas também levantou questões sobre a autenticidade e a veracidade das fontes.

Embora esses influenciadores tenham o potencial de alcançar grandes audiências, é preocupante saber se eles estão mais focados em atender às demandas do mercado e em aumentar seu número de seguidores ou em promover uma verdadeira evangelização.

Essa dúvida gera a preocupação, pois ao priorizar a popularidade e o alcance nas redes sociais, esses influenciadores acabem se distanciando da essência do Evangelho, criando uma experiência de fé para as pessoas que pode ser superficial e guiada por interesses comerciais e pessoais em vez de espirituais.

E o que podemos fazer em relação a isso tudo? Ficarmos atentos aos conteúdos que consumimos e aos influenciadores que seguimos. Se você leu ou assistiu algum conteúdo e ficou em dúvida sobre a veracidade dos fatos, em sua comunidade busque consultar para saciar suas dúvidas com o seu pároco e, assim, sempre se manter antenado dos conteúdos que você vê nas suas mídias sociais.

Evangelizar é algo sério. Não podemos usar a palavra de Deus em vão, e mesmo que estejamos diante desse desafio que é a chamada era tecnológica, não podemos enxergá-la como nossa inimiga, mas sim como uma aliada para espalhar a Palavra de Deus. Basta seguirmos atentos e exercitar a missão de como ser um missionário no ambiente digital.

Fonte: CNBB

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