Comunicação

O que São João Paulo II nos ensina sobre ética e tecnologia

Ensinamentos e reflexões a partir de São João Paulo II

Escrito por Rhanna Felicio

22 OUT 2024 - 10H48 (Atualizada em 22 OUT 2024 - 15H19)

Suri_Studio / Shutterstock

São João Paulo II, em sua primeira encíclica, Redemptor Hominis, refletiu sobre o avanço das tecnologias e a importância de avaliá-las à luz dos valores cristãos. Ele reconhecia que o progresso tecnológico poderia ser positivo, mas sempre reforçou a necessidade de usá-lo com responsabilidade e em harmonia com a moral e a ética cristãs.

Como ele mesmo destacou: “O desenvolvimento da tecnologia e o desenvolvimento da civilização contemporânea, que é marcada pela ascendência da tecnologia, demandam um desenvolvimento proporcional da moral e da ética. No presente, esse último desenvolvimento parece, infelizmente, sempre ficar para trás.”

A tecnologia nos faz mais humanos?

Um dos critérios que São João Paulo II propôs para avaliar as novas tecnologias é perguntar se elas nos tornam mais “humanos”. Isso quer dizer que, ao utilizar qualquer tecnologia, como smartphones ou Inteligência Artificial (IA), devemos refletir sobre como nos sentimos depois. Essas inovações contribuem para o nosso bem-estar? Elas promovem nossa dignidade e respeito como seres humanos?

São João Paulo II nos orienta a pensar: “Esse progresso, que tem o homem como autor e promotor, torna a vida humana na Terra ‘mais humana’ em todos os aspectos dessa vida?”

Nos tornamos pessoas melhores?

Outro ponto importante que São João Paulo II destacou é a necessidade de analisar se as novas tecnologias nos ajudam a crescer espiritualmente. Ele questiona se estamos mais próximos de Deus, mais conscientes do outro e se temos mais cuidado com a nossa comunidade ao usá-las. A tecnologia deve nos ajudar a sermos pessoas melhores, mais solidárias e atentas ao próximo.

Como ele disse: “Mas a questão continua voltando com relação ao que é mais essencial — se no contexto desse progresso, o homem, como homem, está se tornando verdadeiramente melhor, isto é, mais maduro espiritualmente, mais consciente da dignidade de sua humanidade, mais responsável, mais aberto aos outros, especialmente aos mais necessitados e fracos, e mais pronto a dar e a ajudar a todos.

São João Paulo II também alertou para o risco de nos deixarmos levar pelo entusiasmo com as novidades tecnológicas, sem refletirmos sobre seus impactos a longo prazo. Ele afirmou que, embora a tecnologia possa ser benéfica, ela não é nossa salvadora.

O progresso deve ser analisado com objetividade e sabedoria, garantindo que seu uso esteja sempre em sintonia com os princípios do amor ao próximo e da vida em comunidade.

Ele nos adverte: “Ao observarmos e participarmos desses processos, não podemos nos deixar levar meramente pela euforia ou ser levados pelo entusiasmo unilateral por nossas conquistas, mas todos nós devemos nos perguntar, com absoluta honestidade, objetividade e senso de responsabilidade moral, as questões essenciais concernentes à situação do homem hoje e no futuro. Todas as conquistas alcançadas até agora e aquelas projetadas para o futuro pela tecnologia estão de acordo com o progresso moral e espiritual do homem?

Os critérios de São João Paulo II continuam atuais, lembrando-nos de que o verdadeiro progresso está no uso sábio e ético das inovações, aproximando-nos de Deus e dos outros.

.:: O que Santa Teresinha ensina sobre a comunicação na paróquia!

Fonte: Aleteia

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Rhanna Felicio, em Comunicação

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...