A morte, para nós, cristãos católicos, não é vista como o fim; apesar do nosso corpo ser temporal, cremos na vida eterna. Leia MaisOs cristãos barganham com Deus a vida eterna?Por que ter medo da Vida Eterna?
“A morte é o fim da peregrinação terrena do homem, do tempo de graça e misericórdia que Deus lhe oferece para realizar a sua vida terrena segundo o plano divino e para decidir o seu destino último.
Quando acabar «a nossa vida sobre a terra, que é só uma», não voltaremos a outras vidas terrenas. «Os homens morrem uma só vez» (Heb 9, 27). Não existe «reencarnação» depois da morte.” (CIC, 1013).
Nesse sentido, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) ensina que o cristão une a sua morte à de Jesus e vê nesse percurso a entrada para a vida eterna. Ou seja, enxergamos a morte como início de toda uma vida unida a Cristo no Reino dos Céus.
Os santos também nos ensinam isso. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia: “Não morro; entro para a vida”.
Como participantes da Ressurreição de Cristo, poderemos, sim, reencontrar nossos parentes e amigos que estiverem no céu. No entanto, com um novo significado: aqueles que participam da vida nova em Cristo estão na Sua presença real e fazem dela o centro.
“Os que morrerem na graça e na amizade de Deus e estiverem perfeitamente purificados, viverão para sempre com Cristo. Serão para sempre semelhantes a Deus, porque O verão «tal como Ele é» (1 Jo 3, 2), «face a face» (1 Cor 13, 12) (615) (CIC, 1023).”
Outro ponto a ser observado é acerca da comunicação com os que já se foram. Nisso a Igreja é muito clara, com base naquilo que nos diz as Sagradas Escrituras.
“Entre nós e vós, está posto um grande abismo, para que os que quiserem passar daqui para vós não possam; e que daí tampouco possam chegar até nós’.” (Lc 16,26).
Desse modo, também os pensamentos e ações daqueles que vivem a vida nova estão voltados para essa realidade com Cristo, e não para as pessoas e realidades terrenas.
Acreditar na ressurreição dos mortos é essencial para a fé cristã. Na oração do Creio, onde professamos toda a nossa fé, afirmamos, como Igreja, que, da mesma maneira que Cristo ressuscitou dos mortos, os justos serão ressuscitados por Ele.
“Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, é vazia é também a vossa fé. Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, primícias dos que adormeceram”. (1Cor 15,12-14-.20)
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