Dúvidas Religiosas

Devo participar das correntes de oração do WhatsApp?

Escrito por Letícia Dias

17 NOV 2022 - 15H15 (Atualizada em 17 NOV 2022 - 15H34)

AdemAY/ Shutterstock

Você com certeza já recebeu uma corrente de oração pelo WhatsApp e pode ter se perguntado, será que devo fazê-la? Ou, se eu não rezar será que serei amaldiçoado?

Primeiro é de extrema importância ficar atento ao que diz os textos das orações que chegam para você por mensagem, alguns podem conter fundamentos contrários a fé cristã. Na dúvida, procure por orações e novenas aprovadas pela Igreja em sites de fato católicos. 

Além disso, as preces espontâneas do seu coração também podem ser ouvidas por Deus. Nosso Senhor não irá amaldiçoá-lo ou castigá-lo caso você não compartilhe e não reze com o conteúdo das correntes de oração.

Aliás, muitas delas são supersticiosas, nesse sentido, o Catecismo da Igreja Católica no parágrafo 2111 ensina que a superstição é uma forma de desvio:

“Do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Também pode afetar o culto que prestamos ao verdadeiro Deus: por exemplo, quando atribuímos uma importância de algum modo mágica a certas práticas, aliás legítimas ou necessárias.

Atribuir só à materialidade das orações ou aos sinais sacramentais a respectiva eficácia, independentemente das disposições interiores que exigem, é cair na superstição (39).”  Leia MaisQuais as diferenças entre sacramento e sacramentais?

Devemos tomar cuidado e refletir onde estamos depositando a nossa fé. O Papa Francisco na Audiência Geral de 02 de fevereiro deste ano afirmou que, muitas vezes, uma forma de pensar mais pagã pode querer transparecer o cristianismo, por isso explicou como saber diferenciar.

“A.. diferença fundamental é que a nossa oração e a nossa devoção de povo fiel não se baseia, naqueles casos, na confiança num ser humano ou numa imagem ou num objeto, mesmo quando sabemos que eles são sagrados. O profeta Jeremias lembra-nos: «Maldito o homem que confia noutro homem [...] Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor» (17, 5-7).

Até quando confiamos plenamente na intercessão de um santo, ou ainda mais na Virgem Maria, a nossa confiança só tem valor em relação a Cristo. Como se o caminho para este santo ou para Nossa Senhora não acabasse ali: não! Chega ali, mas em relação a Cristo. Cristo é o vínculo que nos une a Ele e entre nós...”

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