Neste momento em que vivemos, onde a cada dia é mais fácil, até mesmo sem comprovar renda, obter um cartão de crédito com limite alto ou um empréstimo, é natural ter alguma dívida, ou seja, uma quantia que temos que pagar para uma pessoa ou instituição, se tornando uma obrigação moral da parte de quem recebeu o benefício.
Ainda que o financiamento da casa esteja em dia, ou que as parcelas feitas no cartão de crédito estejam sendo quitadas em suas respectivas datas de vencimento, ou mesmo prestações de lojas, cheques pré-datados, empréstimos, sempre temos dívidas. Leia Mais“Jovens, reanimem a economia”, pede Papa Francisco
Mas o que é motivo de certa vergonha para muitas pessoas é a inadimplência, quando temos uma obrigação, não conseguimos cumprir e, como consequência, ficamos com o nome incluído nos cadastros de restrição ao crédito, passando a ser negativados.
De acordo com a Serasa Experian, empresa que possui um banco de dados sobre o comprometimento financeiro dos consumidores, o endividamento brasileiro mexe com a saúde e o bem-estar da população, já que as dívidas causam muita preocupação, levando ao estresse extremo e causando insônia, provocando problemas mentais e físicos.
As dívidas são motivo de vergonha para 88% das pessoas e geram impacto na vida social, atrapalham a produtividade no trabalho.
Diante desse cenário, muitas pessoas se perguntam: estar com essas dívidas é um pecado?
O Missionário Redentorista Padre Inácio Medeiros nos esclarece isso, falando que apenas uma forma de usar as dívidas para interesse próprio é considerado como pecado.
“Uma coisa que a Igreja sempre combateu é o pecado da usura. Isso era muito forte em épocas passadas, bem próximo de nós. Este pecado consiste em fazer empréstimo de dinheiro a juros exagerados, ou seja, existem aqueles que muitas vezes se aproveitam da fragilidade econômica das pessoas para cobrar muito alto e com juros exorbitantes. Esse pecado a Igreja sempre combateu, porque na maioria das vezes os juros incidem não somente no total da dívida, mas é aquela matemática dos juros sobre juros que forma uma bola de neve, chegando a um determinado momento onde a pessoa não consegue mais resolver”.
Um exemplo disso é quando você tem uma dívida alta, não consegue pagar e pede um dinheiro emprestado para alguém com juros altíssimos, e também não paga, prejudicando a vida financeira e familiar desta pessoa, assim como nos disse o Papa Francisco em fevereiro de 2018.
“A usura é um pecado grave porque mata a vida, pisoteia a dignidade das pessoas, é veículo de corrupção e impede o bem comum”.
Tratar das nossas finanças com discernimento
Para o A12, Padre Inácio nos deixa bem claro que, antes de pensar na questão do pecado, é importante pensar na questão do planejamento financeiro e que isso se torne um costume entre as famílias.
“Fazer dívidas por si não é pecado! O pecado é usar dessas dívidas com outras finalidades. Na maioria das vezes, é esse planejamento, que no ponto de vista pessoal, haja uma economia mais saudável. É importante para as famílias realizarem essa organização das finanças, separar os pagamentos ordinários que precisam ser feitos, depois sempre fazer uma reserva para alguma emergência. Assim, dessa maneira, a pessoa evita entrar nessa espiral de dívidas. Então, não falo em termos de pecado, mas sim de planejamento, ou seja, nunca gastar acima do que podemos!“, concluiu.
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