De acordo com a Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, do Papa São Paulo VI, a indulgência “é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos”.
Leia MaisComo orar pelas almas do purgatório?O que é o "limbo"? É o mesmo que purgatório?No dia 2 de novembro, na celebração dos Fiéis Defuntos, a Igreja concede várias indulgências a serem aplicadas às almas que padecem no Purgatório.
“Enquanto nós continuamos aqui peregrinando nessa terra, devemos almejar a vida eterna e construir aqui na terra o Reino de Deus, que vivenciaremos de maneira plena no céu. Por isso, nós rezamos por nossos entes queridos, para que estejam na eternidade ao lado de Deus e na certeza de que um dia nos encontraremos com eles”, escreveu Dom Orani Tempesta, Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro.
Para este período, o Diretório de Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) detalha que “aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: diariamente, do dia 1º ao dia 8º de novembro, nas condições de costume, isto é: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Papa Francisco; nos restantes dias do ano, concede-se Indulgência Parcial”.
De uma forma simples, podemos explicar que o pecado é como um ferimento no corpo, que mesmo curado, deixa cicatrizes, marcas no corpo que lembram aquela ferida. Assim, mesmo com o arrependimento do pecado e a confissão sacramental, uma pena temporal deixa uma marca em nós. As indulgências apagam essas marcas temporais. que são aquelas purificadas no Purgatório.
Orar pelas almas que ainda não estão no Céu
No dia de Finados, a Igreja Católica incentiva os fiéis a rezar pelas almas do Purgatório, que, de acordo com o Catecismo da Igreja Católica, são as que morreram em estado de graça, sem terem algum pecado mortal na alma ainda não perdoado por Deus, mas que, por não terem atingido a perfeição em vida, necessitam se purificar pelas faltas leves cometidas e pelas manchas que o pecado deixou nelas.
“Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos, oferecendo sufrágios em seu favor, particularmente o Sacrifício eucarístico para que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também a esmola, as indulgências e as obras de penitência a favor dos defuntos”, diz o Catecismo, no parágrafo 1032.
Em Comunhão fala sobre o dia de Finados
Fonte: CNBB/Arquidiocese de Brasília
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