A Igreja Católica dá início neste Domingo de Ramos (24) a Semana Santa que se estende até o dia 31 de março, o Domingo de Páscoa.
Conhecida também como Semana Maior, vamos viver o momento central da liturgia católica romana e a semana mais importante do ano litúrgico, quando se celebram de modo especial os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Todos os dias que compõem este período contêm celebrações e significados importantes para a Igreja.
Por isso, devemos ter a devida atenção com a liturgia, seja na compreensão do sentido litúrgico de cada dia, seja na correspondência com a nossa vida, por meio da conversão pessoal. Dada a importância e o peso deste período, durante a Semana Santa não se celebram festas dos santos e beatos da Igreja Católica.
“Tudo fica focado para a Semana Santa. Cada dia tem o seu santo normal dentro do calendário dos santos, mas não se celebra a memória deles. Podemos afirmar que existem graus e prioridades nas celebrações. O Tríduo Pascal é uma Solenidade, o maior grau das celebrações litúrgicas da Igreja.
Além disso, os dias da Semana Santa (de segunda a quinta-feira inclusive) e os dias da oitava da Páscoa têm precedência sobre todas as festas e memórias de santos da Igreja, de acordo com as Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário”, esclarece o Padre Carlinhos Melo, da Arquidiocese de Aparecida.
Se nesses dias ocorrer uma “solenidade”, tanto do Santoral, (de São José, esposo da Virgem, em 19 de março, ou da “Anunciação do Senhor”, em 25 de março, por exemplo), será transferida para a segunda-feira após a oitava da Páscoa. Quando no calendário litúrgico, o dia do Santo aparecer como Festa ou Memória e cair nesse período (entre a Semana Santa e a Oitava da Páscoa), conforme o Padre Carlinhos nos orientou, a festividade é omitida.
Tabela dos dias litúrgicos
Até para entender melhor de omitir a festividade do santo durante a Semana Santa , as Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário estabeleceram uma tabela com três graus, parecido a uma escada de três patamares, com seus treze degraus.
No ponto mais alto está o Tríduo Pascal da Morte e Ressurreição do Senhor, em posição única. É a celebração mais importante da Igreja, o centro da Liturgia, que derrama para todas as outras celebrações a sua eficácia de salvação.
CELEBRAÇÕES DE PRIMEIRO GRAU (“Solenidades”) |
1. Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor |
2. Natal do Senhor, Epifania, Ascensão e Pentecostes. Domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa, Quarta-Feira de Cinzas, Dias da Semana Santa, de Segunda a Quinta-feira inclusive. Dias dentro da oitava da Páscoa. |
3. Solenidades do Senhor, da Bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos inscritos no Calendário geral. (Comemoração de todos os fiéis defuntos) |
4. Solenidades próprias (Padroeiro principal do lugar ou da cidade, dedicação e aniversário de dedicação da igreja própria, titular da igreja própria. Titular, do Fundador ou do Padroeiro principal da Ordem, ou Congregação) |
CELEBRAÇÕES DE SEGUNDO GRAU (“Festas”) |
5. Festas do Senhor inscritas no calendário Geral |
6. Domingos do Tempo do Natal e domingos do Tempo Comum |
7. Festas da Bem-Aventurada Virgem Maria e dos Santos do Calendário Geral |
8. Festas próprias (padroeiro da diocese, região, aniversário de Dedicação da igreja catedral) |
9. Os dias de semana do Advento, de 17 a 24 de dezembro inclusive. Os dias dentro da oitava do Natal. Os dias da semana da Quaresma |
CELEBRAÇÕES DE TERCEIRO GRAU (“Memórias”) |
10. Memórias obrigatórias do Calendário Geral |
11. Memórias obrigatórias próprias (Padroeiro secundário, da diocese, ou região e da Ordem ou Congregação e da província religiosa e outras memórias) |
Padre Rodrigo Arnoso explica o Ano Litúrgico
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