Todo o trabalho evangelizador realizado no Santuário Nacional e a partir daqui, é orientado pela máxima já tão conhecida em todo o Brasil: “Acolher bem também é evangelizar”.
De fato, a construção e acabamento da Casa da Mãe Aparecida, bem como as obras sociais mantidas pelo Santuário, visam a construção do próprio ser humano, que tanto mais cresce na consciência da sua dignidade e missão, enquanto acolhe em sua vida a Palavra de Deus e por ela se deixa conduzir.
:: Conheça o projeto da Jornada Bíblica
É justamente por isso que o projeto de revestir com mosaico as fachadas da Basílica tem o intuito de transformá-la na “maior Bíblia a céu aberto do mundo”, proporcionando aos peregrinos uma beleza que encanta e, ao mesmo tempo, evangeliza.
Em consonância com esse projeto vem à luz, no A12, este espaço, cuja finalidade é lhes proporcionar o entendimento de alguns fatos e textos bíblicos de mais difícil compreensão. De fato, a Bíblia pode ser melhor assimilada e vivida por quem a lê quando é devidamente compreendida pelo leitor, e isso se dá pela ação do Espírito Santo e pelo ensinamento da Igreja!
▶ Por que Deus deixou a Bíblia pra nós?
1. Por quê e para que a Bíblia foi escrita? O mistério da Revelação
A Igreja chama de “mistério da Revelação” ao fato de Deus, por meio de ações e palavras, comunicar-Se conosco, desde o princípio para que pudéssemos conhecê-Lo e amá-Lo, revelando-nos, assim, quem Ele e o seu plano de amor é relativo à nossa salvação. Em Cristo, pelo mistério da Encarnação, a divina Revelação atingiu sua plenitude pois, doravante, o Pai não fala conosco por meio de intermediários, mas mediante seu próprio Filho, que nos revelou plenamente o desejo de Deus, de que todos cheguem ao conhecimento da verdade e se salvem (Cf. Hb 1, 1-2; 1 Tm 2, 4). É justamente para transmitir esse sublime mistério que a Bíblia foi escrita.
Por desejo do próprio Deus, tudo quanto foi revelado relativo à nossa salvação devia ser conservado e transmitido a todas as gerações. Por isso, Cristo enviou os Apóstolos, para que anunciassem a todos o Evangelho, pela pregação oral e pelos exemplos, transmitindo, assim, aquilo que tinham recebido do próprio Senhor e aprendido por inspiração do Espírito Santo. Foram eles, bem como aqueles que os seguiram, que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a mensagem contida nos livros bíblicos (Cf. Dei Verbum, nº 7).
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2. Bíblia: um livro escrito por muitas mãos!
Mas, quem, na verdade, escreveu a Bíblia? Bem sabemos que a Sagrada Escritura é um grande livro formado por 73 livros. Sendo, portanto, um livro que se constitui a partir de diversos outros livros, naturalmente não podemos atribuir sua autoria a uma única pessoa, mas considerá-la como uma produção coletiva, que foi sendo composta ao longo dos séculos. Os biblistas afirmam que a redação e reunião de todos os textos bíblicos aconteceram ao longo de mais de mil anos, tendo sido iniciadas, possivelmente, por volta do século X a.C. e se estendido até o século II d.C.
A grande dificuldade, porém, é precisar, com exatidão, todos os que, como escritores, ajudaram a formar o conjunto da Bíblia. Alguns autores são por nós conhecidos. Outros, porém, permanecem no mais absoluto anonimato, fato que não se constitui como um problema no que diz respeito à sacralidade dos livros bíblicos, já que, mais do que trabalho humano, sabemos que são fruto da ação do próprio Deus.
Ensina-nos a Igreja que os livros bíblicos, “porque escritos por inspiração do Espírito Santo, têm Deus por autor, e como tais foram confiados à própria Igreja. Todavia, para escrever os livros sagrados, Deus escolheu e serviu-se de homens na posse das suas faculdades e capacidades, para que, agindo Ele neles e por eles, pusessem por escrito, como verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que Ele queria” (Dei Verbum, n º 11).
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De fato, os livros bíblicos não resultam apenas da mera criatividade daqueles que o redigiram, mas da ação do Espirito Santo que os inspirou na escrita dos mesmos. Tal afirmação, porém, não deve ser entendida como se os livros bíblicos tivessem sido escritos por pessoas que, simplesmente, anotaram palavras que o próprio Deus ditou. Os textos bíblicos são o registro escrito da experiência de fé que homens e mulheres, em épocas, lugares e situações diferentes, fizeram com Deus, sendo fruto do trabalho de autores de épocas e lugares diferentes, cuja escrita foi revisada ou recebeu acréscimos posteriores. Refletem, justamente por isso, uma incrível diversidade cultural e literária.
“A Sagrada Escritura está escrita no coração da Igreja, mais do que em instrumentos materiais” afirmou São Jerônimo. De fato, tornamo-nos, também nós, autores da Bíblia quando, lendo-a com frequência – ainda que seja um capítulo por dia! – permitimos que ela continue a ser escrita nas páginas da nossa própria vida!
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