A Unção dos Enfermos é um sacramento celebrado na Igreja, na situação de doença grave ou de perigo de morte de um fiel.
A Santa Mãe Igreja, sempre sensível e cheia de compaixão diante da experiência de sofrimento de seus filhos, administra esse sacramento com o objetivo de fazer com que o fiel doente ou em perigo de morte possa se unir livremente à Paixão do Senhor e participar de sua Ressurreição, sendo salvo de seus pecados e recebendo a força do Espírito Santo.
Mas, quais as circunstâncias em que este sacramento pode ser administrado? Quais são as condições para que um fiel possa receber o sacramento da Unção dos Enfermos, de forma válida e lícita?
A Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia deixa muito claro que a Unção dos Enfermos “não é sacramento só dos que estão no fim da vida. É já certamente tempo oportuno para a receber quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a estar em perigo de morte” (n. 73).
O cânon 1004 do Código de Direito Canônico complementa essa mesma ideia, adicionando a necessidade do fiel “ter atingido o uso da razão”.
Com isso, já podemos concluir várias condições para receber o Sacramento da Unção dos Enfermos:
- em primeiro lugar, a pessoa deve ser batizada (o termo ‘fiel’ supõe o Batismo);
- em segundo lugar, o fiel deve ter atingido o uso da razão que, conforme o cânon 97, §2, pode ser presumido quando a pessoa já tiver completado 7 anos de idade;
- em terceiro lugar, o fiel deve estar em perigo de morte, por motivo de uma doença grave ou velhice.
“Para avaliar a gravidade da doença, basta que se tenha dela um juízo prudente ou provável, consultando-se o médico, se for o caso, para remover, com sua opinião, qualquer dúvida”. (Ritual da Unção dos Enfermos, n. 8)
O Papa Francisco, em sua intenção de oração para julho de 2024, destacava a Unção dos Enfermos como um sacramento de cura espiritual, não restrito à preparação para a morte, mas como fonte de alívio, perdão e fortalecimento da fé para os enfermos e seus familiares.
Em vídeo divulgado pela Rede Mundial de Oração do Papa, o Pontífice fez questão de ressaltar seu caráter comunitário de compaixão e esperança, incentivando uma compreensão mais ampla desse sacramento como meio de conforto e fortalecimento espiritual em momentos de enfermidade.
Para a Unção dos Enfermos, a Igreja prescreve um ritual específico e nesse, durante o ato da unção com o óleo consagrado, o padre ou bispo dizem as seguintes palavras:
“Por esta santa unção e por Sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto de teus pecados, Ele te salve e, em Sua bondade, alivie os teus sofrimentos”.
A Igreja também permite que esse sacramento seja administrado antes de uma operação cirúrgica, sempre que uma doença grave seja a causa de tal operação (cf. Ritual, n. 10), assim como às pessoas de idade cujas forças estão claramente debilitadas, mesmo quando não se trate de grave enfermidade (cf. Ritual, n. 11).
Pode surgir a pergunta sobre o que fazer quando a pessoa está inconsciente, sem capacidade de pedir, ela mesma, a Unção. Diante desse cenário possível, a Igreja nos ensina que se deve administrar esse sacramento “aos doentes que, ao menos implicitamente, o pediram quando estavam no uso de suas faculdades”.
Sabemos, pela fé, que o sacramento dado nessas circunstâncias é tão eficaz como quando é dado a uma pessoa totalmente consciente.
Finalmente, vale a pena ressaltar que a Igreja recomenda muito, na medida do possível, que o doente, ou aquele que está em perigo de morte, se confesse antes de receber o sacramento da Unção dos Enfermos.
O ideal é que se siga o que se chama o rito contínuo, que contempla a administração da Confissão Sacramental, seguida pela Unção dos Enfermos e, finalmente, a Sagrada Eucaristia.
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