Ao contemplarmos as Sete dores de Nossa Senhora, somos convidados não apenas a olhar para o passado, mas a enxergar, à luz da fé, as dores de hoje com novo sentido.
No coração da Semana Santa, a Igreja oferece a chance de refletir sobre as dores de Maria, Aquela que, mesmo sendo a cheia de graça, não foi poupada do sofrimento.
Por isso, o A12 conversou com o Padre Ferdinando Mancílio, prefeito de Igreja do Santuário Nacional, que nos auxiliou nesta compreensão.
A primeira das dores de Maria se manifesta quando Maria apresenta o Menino Jesus no templo e ouve de Simeão a profecia de que Ele seria um “sinal de contradição”. Desde ali, a sombra da cruz já se desenhava em sua maternidade.
Seguindo os passos de Jesus em sua missão, Maria experimenta a dor de vê-lo rejeitado:
“O sofrimento de Nossa Senhora em ver seu filho contestado pelos judeus, esse povo escolhido por Deus para a revelação divina, mas que não aceita a pessoa de Jesus, Ele que é a revelação do Pai, o amor eterno do Pai entre nós”, afirmou Padre Fernandino. Maria sofre calada, com o coração traspassado, mas com uma fé inabalável.
Ao ver Jesus subir ao Calvário e morrer na cruz, Maria permanece ao lado do Filho: “Lá está Nossa Senhora compassiva com seu filho Jesus”. Não se trata de uma presença passiva, mas de um sim constante, que participa do sacrifício redentor. Nesse mistério de dor, aprendemos que o sofrimento é parte da nossa condição humana.
“Onde nós experimentamos a limitação humana, experimentamos também o quanto dependemos de Deus e das pessoas que nos cercam”, disse o padre.
O prefeito de Igreja recordou que não é um sofrimento vazio, sem sentido, mas uma possibilidade de crescimento e humildade. Como bem disse Santo Afonso Maria de Ligório, citado pelo padre: “O sofrimento nos torna humildes”.
Em tempos de dor, seja pela solidão, pelas doenças, pelas perdas ou pelas angústias da vida moderna, o exemplo de Maria nos ensina que a fé não elimina o sofrimento, mas lhe dá um sentido novo.
Como destacou o padre: “Temos que compreender que, à luz desta celebração das dores de Nossa Senhora, compreendemos o sofrimento do Cristo e o sentido do nosso sofrimento também”.
“Aquilo que vem por desígnio divino temos de aceitar e, se Deus permite, é para o nosso bem e unicamente para o nosso bem ou para o bem de alguém”, concluiu.
As sete dores de Nossa Senhora
1 - Profecias de Simeão (Lucas 2, 34-35)
2 - A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus 2, 13-21)
3 - A perda do Menino Jesus no templo (Lucas 2, 41-51)
4 - Encontro com Jesus caminhando para a morte (Lucas 23, 27-31)
5 - A morte de Jesus na Cruz (João 19, 25-27)
6 - Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus 27, 55-61)
7 - A sepultura de Jesus (Lucas 23, 55-56)
add_box No próximo sábado (19/04), às 9h, acompanhe a Celebração das Dores de Nossa Senhora pela Rede Aparecida de Comunicação ou no YouTube do Santuário Nacional.
add_box Medite as 7 dores de Maria de Santo Afonso
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