Não é de hoje que muitas adversidades surgem na nossa caminhada cristã. O próprio Jesus disse que no mundo teríamos aflições, entretanto, deveríamos ter confiança (João 16, 36). Além do mais, Ele nos deixou um convite:
“Se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo, carregue sua cruz diária e me acompanhe.” (Lucas 9,23)
Mas, afinal, como lidar com as cruzes, que podem ser dificuldades nas diversas áreas da vida, situações complicadas que se apresentam ou, até mesmo, o mundanismo querendo impregnar-se na nossa vivência diária? Leia MaisDificuldades para viver a Doação e o Sacrifício no Matrimônio? Cristo nos ensinaVocê tem dificuldade de confiar e esperar pelo melhor? Então vá à Missa neste domingo!
Tatiana Melo, responsável pelo setor pós-matrimonial da Pastoral Familiar, junto de seu marido Ronoaldo, explicou em entrevista ao A12 que ser cristão é justamente carregar uma cruz.
Bem como na vida cristã, tanto o sofrimento quanto a dor possui um significado relacionado à santificação e salvação.
“Tudo aquilo que a gente vive no nosso dia a dia, as dificuldades, os momentos de crise são as pequenas cruzes que carregamos para nos ajudar a chegar à nossa santificação.
Fugir da Cruz nunca é opção para o verdadeiro Cristão. A cruz a gente abraça e leva adiante, porque sabemos que assim como Jesus fez nas Bodas de Caná (João 2,1-11 ) o vinho melhor vem sempre no final. Então, quando o vinho faltar, não vamos desistir e nem desanimar”, afirmou.
Falta de fé
Em janeiro de 2022, em uma de suas catequeses, o Papa Francisco disse a seguinte frase:
“Nunca esqueçamos que Deus não se assusta com os nossos pecados, erros ou quedas; assusta-se, sim, com o fechamento dos nossos corações, com a nossa falta de fé no seu amor.”
Nesse sentido, para superar a falta de fé, é preciso ser humilde em reconhecer as nossas fraquezas, os nossos pecados e principalmente compreender que a graça de Deus se manifesta em nosso meio, mesmo quando não corresponde as nossas vontades e desejos. Ou seja, precisamos acreditar que a Vontade de Deus é sim perfeita e um cuidado Dele para conosco.
Santa Faustina Kowalska, dizia:
“Nos mais pesados tormentos, fixo o olhar da minha alma em Jesus Crucificado; não espero ajuda dos homens, mas deposito a minha confiança em Deus; na sua insondável misericórdia está toda a minha esperança”.
Desânimo
Para lidar com o desânimo voltamos mais uma vez na atitude de depositar a confiança em Deus, ter esperança de dias melhores, daquilo que só o Senhor pode nos oferecer.
O Papa João Paulo I, no decorrer do seu pontificado dedicou uma catequese somente à virtude teologal da esperança, onde disse:
“É uma virtude obrigatória para todo cristão que nasce da confiança em três verdades: Deus é onipotente, Deus ama-me imenso e Deus é fiel às promessas. E é Ele, o Deus da misericórdia, que acende em mim a confiança; por isso não me sinto nem só, nem inútil, nem abandonado, mas integrado num destino de salvação, que um dia virá a levar-me ao Paraíso” (Audiência Geral de 20 de setembro de 1978).
Mundanismo
O Papa Francisco destacou, na Missa do Crisma celebrada no dia 14 de abril de 2022, que o mundanismo está entre um dos riscos da atualidade.
“Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou antes que a vós. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que seria dele; mas porque não sois do mundo, ao contrário, eu vos separei do mundo, por isso o mundo vos odeia. ”. (João 15,18-19)
Já na Missa na Casa Santa Marta, em 16 de maio de 2020, Francisco deu a seguinte definição sobre o mundanismo:
“Uma cultura que não conhece a fidelidade, porque muda segundo as circunstâncias, negocia tudo. [...] Jesus insiste para que sejamos preservados disso e reza para que o Pai nos defenda desta cultura do mundanismo. Esta é uma cultura do descarte, segundo o que nos convém. Esta cultura [...] não tem raízes. Trata-se de um modo de viver, até para muitos que se dizem cristãos: são cristãos, mas mundanos."
Para remediar essa questão é preciso rezar, e assim, pedir a presença de Deus, realizar o discernimento acerca da nossa forma de viver, que deveria ser de acordo com o Evangelho e não com o que mundo nos apresenta.
Entenda no vídeo abaixo qual o poder da oração:
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