Como São José morreu?

Em honra ao Patrono da Igreja Católica, a Solenidade de São José é celebrada no dia 19 de março. 

Foi escolhido por Deus para ser o guardião da Sagrada Família de Nazaré. Cuidou e protegeu este bem precioso, obedecendo à vontade do Pai. Homem humilde, trabalhador, obediente, justo e santo. Sua devoção é riquíssima e nos guia para a vida com Deus e o céu.

Pouco se sabe sobre a vida do pai adotivo de Jesus, mencionado apenas algumas vezes nos Evangelhos e que nunca disse uma palavra.

Mas uma tradição vinda de estudiosos bíblicos acredita que José morreu antes da crucificação de Jesus, pelo fato de não estar presente no momento mais importante do seu filho. No Evangelho, Jesus confia sua mãe para João, alguém que não é da família (Jo 19,27).

Muitos destes registros históricos sustentam que José tenha morrido nos braços ou na presença de Jesus e Maria, tanto que ele é conhecido como o padroeiro da Boa Morte.

“Que São José nos ajude a viver o mistério da morte da melhor maneira possível. Para um cristão, a boa morte é uma experiência da misericórdia de Deus, que se aproxima de nós, até naquele último momento da nossa vida”, disse o Papa Francisco em fevereiro de 2022.

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Nos primeiros séculos da Igreja, o religioso dominicano Isidoro de Isolanis relatava que era costume ler nas igrejas do Oriente, todo dia 19 de março, uma narração solene da morte de José:

“O Anjo do Senhor lhe apareceu e anunciou ter chegado a hora de abandonar o mundo e ir repousar com seus pais. Sabendo estar próximo o seu último dia, quis ele visitar, pela última vez, o Templo de Jerusalém, e lá pediu ao Senhor que o ajudasse na hora derradeira.

Voltou a Nazaré e, sentindo-se mal, recolheu-se ao leito, agravando-se em breve o seu estado. Entre Jesus e Maria, que o assistiam com carinho, expirou suavemente, abrasado no Divino Amor.

Oh, morte bem-aventurada! Como não havia de ser doce e abrasada no Divino Amor a morte daquele que expirou nos braços de Deus e da Mãe de Deus? Jesus e Maria fecharam os olhos de São José.

E como não havia de chorar Aquele mesmo Jesus que choraria sobre a sepultura de Lázaro? ‘Vede como ele o amava!’ (Jo 11,36), disseram os judeus. São José não era tão só um amigo, mas um pai querido e santíssimo para Jesus”.

O Irmão André Luiz da Silva Oliveira, C.Ss.R., diretor do Centro Redentorista de Espiritualidade (CERESP) falou ao programa Bênção da Manhã, da TV Aparecida, que Nossa Senhora teve uma grande dor ao perder seu esposo.

“Entre Maria e José houve um grande e verdadeiro amor, e quando há sentimento e relação, há também saudade e dor profunda quando uma das partes se vai. E por que negar a Maria o direito de sofrer a sua viuvez? Além da dor, o momento da passagem de José deve ter sido muito bonito, um momento dos dois com Jesus, uma partida em família, algo que era comum no passado. A Virgem Maria entregava ao seu Criador aquele homem que Ele deu como companheiro dela e lhe foi permitido amar”.

Confira na íntegra a conversa entre o Irmão André e Padre Ulysses sobre São José