No dia 13 de maio lembramos a data em que foi marcada a abolição da Escravatura no Brasil. O dia em que a Princesa Isabel, que ocupava o lugar de seu pai, afastado da regência do país por motivos de saúde, assinou a lei Áurea, que concedia a libertação dos escravos.
A data, apesar de histórica, atualmente não é celebrada com alegria, pois a luta contra o racismo e a desigualdade persiste até os dias de hoje. Outro motivo também é que na década de 1970, movimentos negros brasileiros instituíram o Dia da Consciência Negra para ressaltar o papel dos próprios negros no processo árduo de sua emancipação.
Muitos nomes são lembrados na história como personagens da emancipação do povo negro no Brasil, como por exemplo: Luiz Gama, André Rebouças, José do Patrocínio, entre outros nomes que também merecem destaque.
Entre os tantos nomes entrelaçados com a história do povo negro e a escravidão em todo o mundo, podemos também destacar alguns exemplos de santidade, que mesmo tendo a escravidão em suas histórias, tiveram também um amor incondicional por Deus.
Nasceu no Sudão, na África, foi capturada e vendida como escrava, passou pela propriedade de cinco senhores. Quando entrou no noviciado do Instituto das Irmãs da Caridade de Veneza, conheceu Deus.
Ele sempre esteve em seu coração, de alguma forma sempre a ajudou a enfrentar os problemas da escravidão, mas só naquele momento ela soube quem Ele era.
Recebeu o batismo, a primeira comunhão e a crisma em 1890. A partir desse momento, assumiu o nome de batismo de Josefina Margarita Afortunada. Em dezembro de 1893, aos 38 anos, tornou-se uma das irmãs da ordem.
Bakhita morreu em 1947, em Schio, na Itália. Foi beatificada pelo então papa, São João Paulo II, em 1992 e canonizada em 2000.
Francisca nasceu em São João del-Rei, Minas Gerais, era filha de escravos. Quando pequena mudou-se com a mãe e o irmão para Baependi, ainda em Minas. Aos dez anos ficou órfã e, junto com seu irmão de 12 anos, ficou sob os cuidados de Nossa Senhora, a quem logo passou a chamar de “Minha Sinhá”.
Ainda em vida, sua mãe a ensinou a devoção a Nossa Senhora da Conceição, devoção que carregou por toda a sua vida, além do fato de cuidar das pessoas, característica que a deu o título de “Mãe dos Pobres”.
Em sua vida, nunca se casou; e dedicou-se inteiramente ao Senhor.
Francisca não sabia ler e gostava quando as pessoas liam a Bíblia para ela. Nunca pertenceu a nenhuma organização religiosa e era respeitada por todos que a conheciam. Mesmo sem saber ler ou escrever, compôs uma Novena para Nossa Senhora da Conceição e, ao lado de sua casa, construiu uma igreja dedicada à Virgem Maria, onde rezava por todos que lhe pediam.
Nhá Chica morreu em 14 de junho de 1895 e foi beatificada em 2013.
Nasceu na região da Sicília, na Itália. Também era analfabeto e filho de escravos, mas seus pais fizeram um acordo com seus senhores e, quando ele nasceu, foi-lhe dada a liberdade.
Benedito foi educado por seus pais na fé cristã. Quando menino, cuidava das ovelhas e rezava muito o Rosário. Aos 20 anos entrou na Congregação dos Eremitas Franciscanos, convidado pelo Frei Jerônimo Lanza.
No convento em Palermo, se tornou frade, foi cozinheiro, foi nomeado mestre de noviços e depois eleito superior do convento. Ficou famoso por seus milagres e faleceu com fama de santidade. Foi canonizado em 1807.
Nascido em Barca, na África, professava sua fé na religião de Maomé. Foi aprisionado, escravizado e levado para Sicília. Foi vendido para um senhor cristão e foi aí que conheceu Jesus, e continuou seguindo os ensinamentos do Criador e pedindo para ser batizado.
Tornou-se pastor de ovelhas no local onde foi escravizado, e muitos o procuravam para pedir saúde. Mesmo diante das dificuldades, manteve-se forte na fé e focado em vencer a escravidão.
Quando liberto, dedicou-se ao trabalho em hospitais e à vida religiosa na Ordem Terceira de São Francisco. No fim de sua vida, viveu em penitência no deserto.
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