Leia MaisFinados: dia da dúvida e da certezaDia de Finados antes da pandemia: Como se costuma celebrar em seis culturas diferentes Se perguntamos na rua quantos santos existem, provavelmente vamos escutar como resposta algo do tipo: “Vários; não sei, um monte; são tantos que não tenho nem ideia.” Talvez comecem a enumerar alguns deles: “São Francisco, São Paulo, Santa Teresa, São Sebastião...”, e assim por diante.
É verdade que existem muitos santos conhecidos e reconhecidos pelos feitos que fizeram, pela importância que tiveram em uma determinada época e lugar. Mas existem outros muitos santos que não estão nos altares. E eles são muito mais numerosos dos que os que conhecemos.
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São pessoas comuns que buscaram viver a vida como Jesus viveu e nos convidou a viver. São os que levaram a sério o chamado de Jesus no silêncio de suas próprias vidas.
Porque celebramos na Igreja o Dia de Todos os Santos?
No dia de hoje, lembramos de toda essa “grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” que nos fala o livro do Apocalipse. É como se o céu se abrisse para nós, para que os possamos contemplar vivendo felizes na Glória de Deus.
Celebramos esse dia para que todos os santos possam “despertar em nós o grande desejo de ser como eles: felizes por viver próximos de Deus, na sua luz, na grande família dos amigos de Deus”, como nos diz o Papa emérito Bento XVI em uma homilia na festividade de Todos os Santos.
Olhando para os santos, lembramos que estamos nessa terra como peregrinos, com um destino, o Céu, e não como errantes, perdidos nesse mundo. A nossa vida teve um começo, mas não terá um final porque somos chamados a viver eternamente com Deus. Jesus, com sua vida, paixão, morte e ressurreição, nos abriu as portas do Céu. Cabe a cada um de nós acolher esse dom em nossas vidas.
Um dia para a esperança!
Acolher esse dom não é uma tarefa sempre fácil. Muitas vezes, somos tentados pela desesperança, por causa dos vários trabalhos que precisamos realizar, pelas contradições que vivemos interiormente, por nossos pecados e pelas injustiças que presenciamos.
Os Santos estão também no céu para mostrar que realmente é possível, com a Graça de Deus, viver como filhos e filhas de Deus, apesar de todas as dificuldades. Nos santos, vemos que o poder de Deus é mais forte que o poder desse mundo. Os santos nos dão esperança! Uma esperança que nunca vai nos desiludir.
:: Santidade em família: a história de santos irmãos
O Papa Francisco falou certa vez sobre uma figura antiga que usavam os primeiros cristãos para falar da esperança. Eles a comparavam com uma âncora que estava ancorada no Céu. Por mais que o barco da nossa vida possa passar por tempestades violentas, se temos a nossa âncora lá junto com os santos, esse barco nunca vai afundar.
Façamos a pergunta que o Papa nos fez naquela ocasião: “Onde tenho posta a âncora da minha vida?” Será que a tenho posta nas coisas deste mundo, que vão passar e que portanto não são um lugar seguro?
Sejamos Santos!
Lembremos hoje do insistente chamado a santidade que Deus têm feito a cada um de nós. O Papa emérito Bento XVI define assim a santidade: “Ser santo significa: viver na intimidade com Deus, viver na sua família. Esta é a vocação de todos nós”. Sejamos santos nessa vida para poder viver com Deus eternamente no Céu.
Certamente não é uma tarefa fácil, mas não estamos sozinhos: todos os nossos irmãos que nos precederam em santidade intercedem por nós para que cheguemos ao final dessa jornada. E o próprio Deus nunca nos deixa de assistir com a sua Graça para que nos conformemos cada vez mais com seu Filho Jesus.
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