Espalhar a Esperança é uma urgência da humanidade. Se a esperança não for o antídoto neutralizador dos muitos venenos que nos mantêm cabisbaixos, desanimados, desesperançados e até desesperados, não conseguiremos viver e conviver harmoniosamente. Precisamos alimentar a esperança. "E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5,5)
Leia MaisCarta da Mãe Aparecida aos Peregrinos da EsperançaA ausência da esperança é preocupante, pois somos arrastados para trevas, afastando-nos da Luz: "...nossos ossos estão secos, nossa esperança está morta; estamos perdidos!" (Ez 37,11). A desesperança ofusca os sonhos, amplia o vazio, desacredita a força do bem, desestabiliza as emoções. E mais do que isso, a desesperança eleva a força do mal e nos impede de ver a verdade e a força do bem. A desesperança nos aprisiona no medo, no pavor e na angústia, tornando-nos insensíveis ao amor de Deus.
"Será dito: esta terra que se achava devastada tornou-se um jardim do Éden! Essas cidades em ruínas, desertas e desoladas, estão agora restauradas e repovoadas. Então, as nações que restaram em torno de vós saberão que sou eu o Senhor, que reconstruí o que estava em ruínas e replantei o que estava baldio. Sou eu, o Senhor, que o digo e o farei". (Ez 36, 35-36)
A Doutrina da Igreja Católica destaca a Esperança como uma das Virtudes Teologais. O que elas representam? “De fato, as virtudes teologais referem-se diretamente a Deus e dispõem os cristãos para viverem em relação com a Santíssima Trindade. (CIC 1812). São três as Virtudes Teologais: Fé, Esperança e Caridade. E elas “São o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades do ser humano. “São três as virtudes teologais: fé, esperança e caridade” (CIC 1813).
O Dicionário da Língua Portuguesa aponta como antônimos de esperança: desesperança, descrença, incredulidade, ceticismo, dúvida, desilusão, desengano, decepção, desapontamento, desespero, desesperação. Todas condições contrárias ao que nos ensina a Palavra de Deus: "Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração" (Rm 12,12)
O Catecismo da Igreja Católica orienta sobre o pecado contra a Esperança, que é, sem dúvida, pecar contra Deus e contra os irmãos:
"O primeiro mandamento visa também aos pecados contra a esperança, que são o desespero e a presunção. Pelo desespero, o homem deixa de esperar de Deus sua salivação pessoal, os auxílios para alcançá-la ou o perdão de seus pecados. O desespero opõe-se à bondade de Deus, à sua justiça porque o Senhor é fiel a suas promessas e à sua misericórdia". (CIC 2091)
"Há duas espécies de presunção. Ou o homem presume de suas capacidades (esperando poder salvar-se sem a ajuda do alto), ou então presume da onipotência ou da misericórdia de Deus (esperando obter seu perdão sem conversão e a glória sem mérito)". (CIC 2092)
Ter esperança é acreditar na vida. Ter esperança é acreditar em Deus. Ter esperança é acreditar na plenitude do Amor de Jesus. Ter esperança é acreditar que “Enquanto há vida, há esperança (Ecl 9,4).
Ter esperança é acreditar que a Vida venceu a Morte: Ele não está aqui! Ressuscitou! (Lc 24, 6) e que “Em posse de tal esperança, procedemos com total desassombro" (II Cor 3,12).
Padre Carlinhos Melo, da Arquidiocese de Aparecida, nos ajuda a refletir que nunca devemos perder a esperança em Deus
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